Putin e Hu Jintao assistem manobras militares na Rússia
Os presidentes da Rússia, Vladímir Putin, e da China, Hu Jintao, presenciaram nesta sexta-feira (17) o desfile de encerramento das manobras militares conjuntas antiterroristas Missão de Paz 2007, da Organização de Cooperação de Xangai (OCS, na sigla em in
Publicado 17/08/2007 11:33
Também se espera a chegada ao polígono de Tchebarkul, em Tcheliabinsk, região dos Urais, de outros dirigentes da OCS, convidados por Putin durante a cúpula celebrada na capital do Quirguistão, Bichkek.
A fase ativa dos exercícios no território da Federação Russa começou em 14 de agosto, com a participação de seis mil efetivos.
Ao comparecer à sétima sessão do conselho de chefes de Estado do fóro de Xangai em Bichkek, Putin exortou a todos a aumentar o potencial da Organização em termos de segurança.
O presidente russo fez também referência à necessidade de criar um sistema coletivo de resposta ante as ameaças contra a estabilidade regional.
Nesse sentido, destacou a importância de realizar com regularidade os treinamentos em escala do grupo, os quais se colocam em prova todos os elementos do sistema de segurança em simulações tático-estratégicas.
Por outro lado, o líder chinês considerou que os membros plenos da organização, fundada em 2001, aumentam a cada ano a colaboração na esfera da segurança, a fim de fazer frente a novos perigos, como o terrorismo internacional, o crime organizado internacional e o narcotráfico.
Ressaltou o fato de que, pela primeira vez, participaram nesta edição do programa Missão de Paz exércitos de todos os países da OCS, integrada por Rússia, Cazaquistão, China, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão.
A tendência ao fortalecimento da coesão interna que demonstra hoje o fóro de Xangai, assim como as aspirações de outros países a converterem-se em membros plenos, geram preocupação por parte dos EUA e do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan), afirmam analistas que participaram da cobertura do fóro.
Analistas citados pelo jornal RBK Daily assinalam que o Ocidente se preocupa muito com a possibilidade de que a OCS se converta em um bloco militar, algo que já foi negado por Pequim em Moscou em oportunidades anteriores.
Com a condição de observadores, assistiram à recente cúpula de Bichkek a Mongólia, o Irã, a Índia e o Paquistão, além de Torcomenistão e Afeganistão, que foram para lá como convidados.