Sessão Solene comemora 70 anos da UNE

A Assembléia Legislativa, por solicitação do deputado Lula Morais, realizará nesta terça-feira, 21 de agosto, Sessão Solene para comemorar os 70 anos da União Nacional dos Estudantes.

Na ocasião serão prestigiados militantes que participaram do movimento estudantil durante a ditadura militar (Anistia 64/68) e a nova diretoria da instituição. A homenagem acontecerá ás 15 horas, no Plenário 13 de Maio, onde deverão estar presentes a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, e várias outras lideranças estudantis.


 


Histórico
    


 


Fundada em 1937, no I Congresso Nacional dos Estudantes, organizado na Casa do Estudante do Brasil no Rio de Janeiro com apoio do Centro acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e desde então foi protagonista das principais lutas sociais do povo brasileiro.


 


Defendeu o fim da Ditadura do Estado Novo e tomou posição contra o Nazi-fascismo, defendendo a ruptura do Brasil com os países do EIXO (Alemanha, Itália e Japão). Em março de 1940, com a eclosão da II Guerra Mundial, a UNE dirige a sua primeira mensagem de paz “À Mocidade do Brasil e das Américas”, quando realiza o Congresso Nacional dos Estudantes.


 


Em 1948 a UNE teve a sua sede invadida pela primeira vez por forças policiais, por ocasião do Congresso da Paz e dos protestos estudantis contra o aumento das passagens de bonde. Em 1964, a Ditadura Militar incendeia a sede a UNE, como forma de intimidação e invade as instalação da Faculdade Nacional de Direito, apreendendo documentos e acervos históricos do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, muitos que versavam sobre as atividades da UNE. O Prédio da Faculdade é cercado por tanques e grupos paramilitares de direita, que metralham a fachada do prédio e tentam incendiá-lo, com os estudantes dentro, mas são contidos por um capitão do Exército, Ivan Proença, que foi expulso das forças armadas em razão deste gesto.


    


A Lei Suplicy de Lacerda coloca na ilegalidade a UNE e as UEEs (Uniões Estadual dos Estudantes), que passam a atuar na clandestinidade. Todas as instâncias da representação estudantil ficam submetidas ao MEC. A UNE se mobiliza contra a Lei Suplicy de Lacerda e organiza passeatas nas principais capitais. Em Belo Horizonte, a repressão violenta da tropa de choque desencadeia passeatas em outros estados.


 


Em 1966, mesmo na ilegalidade, é realizado o XXVIII Congresso da UNE, em Belo Horizonte, que marca a oposição da entidade ao Acordo MEC-Usaid. O congresso acontece no porão da Igreja de São Francisco de Assis. O mineiro José Luís Moreira Guedes é eleito presidente da UNE. Em 1984 a UNE participa da campanha pelas Diretas Já. Desde a segunda metade da década de 80, com a posse do primeiro presidente civil desde 1964 e com o retorno às liberdades democráticas no país, o movimento estudantil brasileiro foi lentamente recuperando seu lugar e sua importância na política nacional.


 


 


Fonte: Assessoria do Deputado Lula Morais