Sinpros apresentam proposta para melhorar Plano de carreira do Sesi
Os Sindicatos dos Professores (Sinpros), ao lado da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) iniciaram no dia 7 de agosto, a discussão sobre o Plano de Carreira dos Professores do Sesi. Foram apresentados à Federação das Indústrias do Est
Publicado 20/08/2007 16:35 | Editado 04/03/2020 17:19
As alterações do Plano de Carreira do Sesi, implementado em 2003, estão previstas no Acordo Coletivo de Trabalho assinado em março de 2007, quando foram criadas as chamadas Comissões Temáticas. As propostas apresentadas na reunião do dia 7 deverão ser submetidas agora aos dirigentes da Fiesp, que deverá agendar uma nova rodada de discussão.
Critérios
Os pontos principais e que foram alvo de propostas de alteração, dizem respeito à progressão dos professores dentro da carreira. Os Sindicatos, segundo o diretor do Sinpro Campinas, Rubens Gabriel Abdal, questionam a realização das avaliações de competência e os chamados critérios de elegibilidade, que habilitam ou não, o professor a participar da prova.
“Nenhum professor que recebeu advertência ou suspensão nos últimos dois anos pode fazer a prova. Se o professor tirou mais de 15 dias de licença no ano, também não pode. Se tem mais de 90 minutos de atrasos, justificados ou não no ano, não tem direito a fazer a prova. Nós entendemos que são critérios para dificultar e impedir o professor de participar”, diz Abdal.
Para o presidente do Sinpro Campinas, Cláudio Jorge, se um professor se licencia por 15 dias por problemas de saúde isso não pode ser usado para penaliza-lo fazendo com que seja excluído do processo de avaliação.
Proposta
A proposta dos Sinpros e da Fepesp é que todos os professores que trabalham no Sesi tenham o direito a participar da avaliação. “Queremos que o professor tenha o direito de participar em qualquer hipótese”, defende Rubens Abdal.
Vagas
Pela regra atual do Sesi, os processos de avaliação e de realização de provas são abertos sem que seja informada a disponibilidade de vagas nos diferentes níveis de ensino. O professor pode fazer a prova, ser aprovado e nunca ser chamado a preencher uma vaga. Passados dois anos do processo ele é obrigado a se inscrever e participar de uma nova avaliação.
Proposta
Os Sindicatos propõem que se apresente anualmente, a cada abertura de processo de avaliação, a disponibilidade de vagas para cada nível de ensino. “Queremos que todos os anos e até 2011, quando vence o mandato da atual diretoria da Fiesp, sejam apresentadas as vagas anuais. Vai abrir o concurso, o professor tem que saber, antecipadamente, o número de vagas disponíveis em cada segmento”, adverte o diretor do Sinpro Campinas.
Outro questionamento feito é que o Sesi ainda condiciona a progressão na carreira à disponibilidade de recursos financeiros, ou seja, depois de o professor cumprir todos os requisitos ainda corre o risco de não ser promovido. Os Sindicatos também querem o fim desta condicionante.
Bibliografia
Outro ponto questionado no modelo atual de concurso é com relação a Bibliografia a ser usada na avaliação. Atualmente o Sesi apenas apresenta a relação de livros a serem lidos pelo professor.
Proposta
Os Sindicatos querem que seja mantida a mesma bibliografia por dois anos e que cada unidade do Sesi adquira todo o material bibliográfico exigido e disponibilize em sua Biblioteca para consulta pelos professores interessados.
Adicional por tempo de serviço
Como último ponto da proposta os Sinpros defendem, que seguindo o que prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Plano de Carreira contemple o adicional por tempo de serviço. “Hoje só aumenta salário se houver aperfeiçoamento (especialização, mestrado e doutorado) e ainda se for aprovado na avaliação do Sesi. Voltamos a solicitar que o professor, dentro do Plano de Carreira tenha direito ao adicional por tempo de serviço”, defendeu Rubens Abdal.
Valéria Salek, do Sindicato dos Professores de Campinas e Região