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Haddad defende inclusão de jovens deficientes em ensino público

O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (22) a inclusão de crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência na rede regular de ensino público.

“O conceito de educação inclusiva vem ganhando cada vez mais admiradores porque de fato a inclusão na escola pública não é apenas  um expediente do aprendizado do aluno portador de necessidades especiais, mas também muda a cultura da própria escola”.



Para o ministro, a escola que convive com a diversidade prepara melhor o aluno para cidadania, para tolerância e para o convívio com as diferenças.



“Isso é o que está faltando no mundo: saber viver com a diferença, ser tolerante com o diferente. Penso que hoje esse conceito está consolidado no país. Sabemos que é difícil, o poder público tem que investir na infra-estrutura, na preparação dos professores. É toda uma cultura que precisa ser modificada, mas o investimento é de altíssimo retorno”.



A gerente de Atendimento Educacional Específico da Secretaria de Educação do Amazonas, Hortencia da Silva, concorda com o ministro. Ela também avalia que esse tipo de inclusão está ganhando força nos educadores brasileiros.



“Hoje eles [pessoas com algum tipo de deficiência] são vistos como pessoas que podem estar no convívio comum da sociedade, sem serem mais caracterizados de 'excepcionais', como eram chamados alguns anos atrás”.



Ela reconhece que ainda há segregação e preconceito quando o assunto é educação inclusiva. “Ainda existe separação de crianças em perfeita saúde e as que portam alguma necessidade espacial, mas não com a mesma conotação com que era feito na década passada”, afirmou. “Hoje elas ainda existem, até porque, a gente reconhece que algumas crianças têm prejuízos muito severos e que o sistema educacional brasileiro precisa estar melhor organizado para atender, ao mesmo tempo, todos os alunos, indiscriminadamente, na sala do ensino comum.



Silva ressaltou que o “atendimento segregativo” não é mais o foco do sistema educacional. “Nosso foco realmente é a educação inclusiva. A gente está tendendo incluir qualquer aluno, com qualquer deficiência. Estamos discutindo com a educaçao regular e estamos caminhando para um atendimento mais inclusivo que segregado”.



Ela é coordenadora da 3ª Semana Nacional de Pessoas com Necessidades Especiais, que ocorre esta semana no estado do Amazonas. O evento terá palestras, seminários, atividades recreativas e culturais voltadas para alunos e professores.