Lula diz que prefere fazer política para os pobres
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que governa para 190 milhões de brasileiros, mas que não tem vergonha de dizer que prefere fazer políticas para a parte mais pobre da população.
Publicado 22/08/2007 15:11
''Antes era fácil ganhar eleição com voto dos probres e depois governar para os ricos. E eu digo todo o dia que sou presidente de 190 milhões, mas não tenho vergonha de dizer que minha preferência é fazer política para parte mais pobre da população brasileira'', afirmou o presidente.
Lula disse que o governo tem de ter políticas públicas para que as pessoas tenham emprego. ''Nós temos consciência que já fizemos, mas temos de fazer muito mais''.
A Polícia Militar estimou que cerca de 30 mil pessoas estavam da Marcha das Margaridas na Esplanada dos Ministérios. Por volta das 12h, as manifestantes voltaram ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, no centro, para a assembléia final do movimento.
Entre as reivindicações do movimento estão o combate à pobreza, à fome e à violência sexista. De acordo com a coordenadora de Mulheres, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmem Foro, esses são problemas muito antigos e não é admissível que as mulheres ainda sejam as mais atingidas.
Carmen afirmou que Lula ''já sabe das reivindicações'' e que o movimento só está em Brasília para reafirmá-las. No documento que as manifestantes entregaram ao governo constam reivindicações de direitos previdenciários, acesso à água, à terra, à segurança alimentar e à igualdade de gênero. Lula elogiou a consitência do programa e disse que é quase um plano de governo.
A Marcha das Margaridas recebeu esse nome em memória de Margarida Maria Alves, líder sindical assassinada em 1983, a mando de fazendeiros de Alagoa Grande (PB). Até hoje ninguém foi punido.
A marcha é organizada pela Contag e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e conta com a parceria do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MTR-NE), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Movimento de Mulheres da Amazônia (MMA), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Rede de Mulheres Rurais da América Latina e do Caribe (Redelac) e Coordenação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Cooprofam).
Com informações da Agência Brasil
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