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Uribe pode aceitar ajuda de Chávez para acordo com as Farc

O governo colombiano não descarta a participação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na negociação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A negociação em andamento prevê a troca dos reféns por guerrilheiros presos. Entre os reféns

A mediação de Hugo Chávez foi sugestão da senadora de oposição colombiana Piedad Córdoba, designada facilitadora do acordo pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. “Na medida em que a senadora pediu que o presidente Chávez ajude, espero que as Farc entendam isso como um gesto de abertura do governo colombiano para obter a libertação de todos os colombianos seqüestrados”, afirmou nesta terça-feira (21) o chanceler colombiano, Fernando Araújo.



O presidente Uribe impôs apenas duas condições para a libertação dos guerrilheiros presos, segundo Araújo. Primeiro, não aceitará a desocupação militar como condição para a liberação dos seqüestrados. “Vivemos uma experiência de desocupação em cinco municípios e isso foi utilizado pelos guerrilheiros para fortalecerem-se”, justificou o chanceler da Colômbia.



A segunda condição imposta por Uribe para o chamado acordo humanitário é que os guerrilheiros que saírem da prisão não voltem à guerrilha. “A única justificativa moral para a liberação de guerrilheiros presos em razão de suas atividades terroristas e criminosas é que seja um ato que conduza à paz”.



O Brasil ofereceu ajuda à Colômbia no processo de pacificação mas, segundo o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tal ajuda seria logística, e não de mediação de conflitos. “Essa oferta está de pé quando for considerada útil pelo governo colombiano”, garantiu Amorim. “Na medida em que as circunstâncias aconselhem, recorreremos aos amigos e irmãos do Brasil para que nos ajudem”, afirmou o ministro colombiano.