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Psol quer incluir novas denúncias anti-Renan no 2º processo

A bancada do Psol no Congresso Nacional – três deputados e um senador – decidiu nesta terça-feira (4) pedir a inclusão de novas denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). As denúncias não formarão um quarto processo contra Renan,

O requerimento do Psol vai pedir o aditamento da nova investigação no processo que analisa o envolvimento de Renan com a cervejaria Schincariol. Se o Conselho de Ética não acatar o requerimento de aditamento, o partido vai protocolar outra representação contra Renan, pedindo à Mesa Diretora do Senado a abertura de um quarto processo.



Multiplicação dos processos



“Entendemos que todas essas denúncias implicam quebra de decoro. Significam fatos conexos e, nesse sentido, por questão de economia processual, todas as denúncias deveriam ser agregadas em um único processo. Entendemos que todos os fatos estão relacionados à quebra de decoro parlamentar”, disse o senador José Nery (Psol-PA), após a reunião da bancada.



“Se, por acaso, o nosso requerimento de aditamento não for acatado pelo Conselho de Ética, o PSol, então, se verá na obrigação de fazer uma quarta representação para que esses novos fatos, tão graves como os anteriores, sejam devidamente apurados”, afirmou Nery – talvez impactado pela multiplicação de processos que se produzirá caso o Psol deseje acompanhar cada denúncia contra Renan que a mídia publica.



Autor da denúncia está foragido



As novas denúncias foram feitas pelo advogado Bruno de Miranda Lins, ex-marido de uma funcionária do gabinete de Renan e filha do suposto lobista Luiz Garcia Coelho. Bruno acusa Renan, junto com Luiz Garcia, de participação em um esquema de corrupção e propina em ministérios do PMDB.



O ex-marido teria dito à Polícia Federal e à Polícia Civil que o senador Romero Jucá (PMDB-RR), na época em que era ministro da Previdência Social, e o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MG), quando presidiu o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), teriam dado informações privilegiadas sobre cadastro de aposentados e pensionistas ao Banco BMG no contrato de empréstimo consignado.



O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), já pediu cópia do depoimento de Bruno na Polícia. Ele explicou que o inquérito foi encaminhado à Polícia Federal porque já havia lá uma investigação sobre irregularidades no BMG. “Essa investigação já trazia conseqüências ao Carlos Bezerra. Ele teria dado uma carteira grande de clientes ao BMG”, disse Tuma.



Segundo Tuma, Jucá disse que ainda hoje entregaria a ele o histórico de sua gestão no ministério da Previdência. O corregedor, no entanto, é prudente na análise dos fatos. Para ele, o fato de Bruno acusar o ex-sogro de ser lobista “já traz uma dúvida de comportamento”. Tuma informou que a Polícia procura Bruno de Miranda, que está foragido.



“Faço um apelo para que ele se apresente o mais rápido possível, para que ele possa apresentar os e-mails que diz que tem”, afirmou Tuma. Ele acrescentou que o pedido de cópia de depoimento foi feito informalmente ontem, mas que hoje irá à Polícia Federal pedir oficialmente o documento.



Da redação, com agências