Sindicato dos Metroviários realiza eleições de 10 a 14/09
De 10 e 14 de setembro de 2007, os metroviários de São Paulo elegerão a próxima diretoria do sindicato da categoria. A chapa 1, encabeçada pelo vice-presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e dirigente nacional do PCdoB, Wagner Gomes,
Publicado 11/09/2007 17:48 | Editado 04/03/2020 17:19
A chapa 1 foi formada a partir de uma convenção cutista, com votação nome a nome em todas as áreas da empresa. A convenção contou com a participação de três correntes sindicais — Unidade e Luta, Articulação Sindical e União Sindical Metroviária —, que formaram a chapa 1 – Unidade Metroviária.
A convenção representou um primeiro momento de debates sobre os programas das tendências sindicais existentes na categoria e o futuro do Sindicato. As três correntes que dela participaram se comprometeram a atuar de forma unitária na busca da mais ampla participação da categoria na próxima gestão do Sindicato. A formação desta chapa pelas bases consolida, neste processo eleitoral, a prática democrática que tem marcado a atuação dos metroviários — uma marca de valor inestimável.
A Chapa 2 – Chapa dos Metroviários: É hora da mudança – Oposição Unificada foi formada basicamente por militantes do do PSOL e do PSTU e que nesta eleição decidiram não participar da convenção cutista.
Wagner Gomes diz que a maioria dos metroviários está consciente sobre a diferença fundamental entre as duas chapas. “A categoria sabe que é importante consagrar nas urnas uma direção combativa e responsável — que jamais levará nossa entidade pelo caminho do sectarismo, da aventura e do carreirismo”, diz ele. “Sabe também que o nosso rumo é o da unidade, o da luta, o da participação da categoria, o da fidelidade aos interesses dos metroviários”, acrescenta. Esta diferença está evidenciada também no programa da chapa 1 — formada por uma convenção cutista que possibilitou à categoria eleger seus integrantes por meio de votação nome a nome nas áreas.
Questões conjunturais
O programa, abrangente e combativo, define o rumo da próxima gestão apresentando questões como a defesa do metrô — ameaçado pelas políticas privatizantes do governador José Serra (PSDB). “Sabemos que o desafio agora é muito maior. Por isso, fazemos a nossa campanha não apenas com o objetivo de ganhar a eleição, mas também com o objetivo de apresentar propostas sérias para dirigirmos as lutas da categoria”, diz Wagner Gomes. Ele explica que a empresa passa por grandes mudanças. “Predomina a defesa da privatização e da terceirização — falsamente apresentadas como caminho para a modernidade e a eficiência, que na prática quer dizer mais degradação do sistema, mais arrocho salarial, mais tentativa de redução dos benefícios da categoria”, ressalta.
Wagner Gomes também destaca que a chapa 1 tem um projeto bem definido para elevar a organização dos metroviários. “Nosso programa prevê o reforço do papel do Sindicato como base material para organizar a categoria e apresenta um claro plano de atuação para a diretoria. Entendemos que a direção do Sindicato não pode atuar de forma desorganizada e desarticulada. Nosso programa propicia à futura diretoria ações planejadas, indica os rumos da gestão e reforça a organização sindical nas áreas como alicerce da nossa mobilização”, diz ele. E explica que a próxima gestão também estará de olho nas questões conjunturais. “Combateremos a ‘reforma’ da Previdência e qualquer tentativa de mexer nos direitos sagrados dos trabalhadores”, finaliza.
A apuração das eleições acontecerá, provavelmente, sábado, 15/9, a partir das 9h, na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
Com informações do portal do CUT e do Sindicato dos Metroviários de SP