China protesta contra EUA por venda de armas a Taiwan
A China pediu nesta segunda-feira (17) aos Estados Unidos que cancele o projeto de venda de armamentos a Taiwan, de acordo com uma declaração publicada hoje pela chancelaria chinesa em Pequim, capital do país.
Publicado 17/09/2007 13:24
A porta-voz Jiang Yu disse que seu país tem “grande desgosto” e é resolutamente contrário ao fornecimento de armas à ilha, na qual as autoridades conduzem uma campanha internacional para separar o território da jurisdição chinesa.
Yu também disse que a posição das autoridades sobre esta questão sempre foi conseqüente e clara.
“A venda de aviões caça-submarinos P-3C e outros recursos avançados à Taiwan se constituiria em uma séria violação dos compromissos estabelecidos nos três comunicados conjuntos bilaterias, e em particular o de 17 de agosto de 1982”, afirmou a representante do governo chinês.
“Também constitui uma aberta interferência nos assuntos internos da China, fato pelo qual as autoridades de Pequim já enviaram um protesto solente aos Estados Unidos”, completou
Jiang Yu relembrou a delicada situação no Estreito de Taiwan, devido às intenções do atual governante da ilha, Chen Shui-bian, de levar a cabo no próximo ano um referendo sobre a tentativa de ingressar no ano que vem nas Nações Unidas, com o nome de República de Taiwan.
Esse projeto político é considerado por Pequim como um passo a mais no rumo da separação jurídica do território da parte continental da China.
As autoridades taiwanesas perderam em 1971 a condição de membro da ONU, posto que ocupavam com o nome de República da China, quando a Assembléia Geral a entrada da República Popular da China.
A porta-voz conclamou Washington a deter todas as vendas de armamentos às forças armadas de Taiwan, a suspender seus laços militares com a ilha e a por fim a qualquer sinal equivocado às forças separatistas taiwanesas.