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Familiares de vítimas aéreas protestam na CPI do Apagão

Familiares das vítimas dos acidentes aéreos do vôo 1907 da Gol, em Mato Grosso, e do Folker 100 da TAM, em Congonhas, fizeram nesta segunda (17) muitas críticas e apresentaram sugestões aos deputados integrantes da CPI do Apagão Aéreo durante audiência pú

Marcelo Ildefonso, marido de Inêz Rebouças de Lima Marques, que morreu no desastre do vôo 1907, questionou o fato de o ex-comandante do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) brigadeiro Paulo Roberto Cardoso Vilarinho não ter sido convocado para depor na CPI.


 


“Quando tudo aconteceu, quem estava no controle do tráfego aéreo era o brigadeiro Vilarinho. A CPI chamou quem assumiu depois, mas os problemas já vêm há anos”, reclamou Ildefonso.


 


Ele lembrou que antes do brigadeiro Vilarinho ser exonerado, a imprensa já havia divulgado que ele há tempos vinha alertando os demais responsáveis pelo setor aéreo dos problemas de infra-estrutura. “Ele já vinha avisando há tempo que um problema ia acontecer, e ninguém fez nada”, cobrou.


 


Criticas à CPI


 


Ildefonso criticou os integrantes da CPI por não terem ouvido Vilarinho. “Senhores, assim não se resolve nada. Ninguém trouxe o brigadeiro a esta Casa, e ele tinha que ser ouvido porque sabia o que estava acontecendo e quem deixou de tomar as providências necessárias”.


 


Luiz Salcedo, que perdeu o filho no acidente da TAM, em 17 de julho, exigiu que a CPI, ao ouvir na quarta-feira (19) o coronel Antonio Junqueira, especialista em análise de caixa-preta e diretor do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) à época do acidente com o Folker 100 da TAM, esclareça o que de fato aconteceu nos 30 minutos que antecederam a tragédia no Aeroporto e Congonhas.