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Satélite sino-brasileiro será lançado nesta terça-feira de Taiyuan

O lançamento satélite sino-brasileiro CBERS-2B pelo foguete Longa Marcha 4B será realizada na noite desta terça-feira (18), a partir do Taiyuan Satellite Launch Center, na China. Às 23 horas de Brasília, técnicos e convidados vão acompanhar, do Ce

As etapas do lançamento do satélite sino-brasileiro serão informadas, direto da China, por meio de teleconferência pelo diretor do Inpe, Gilberto Câmara, e pelo coordenador do programa CBERS, Ricardo Cartaxo. O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, também vai acompanhar o lançamento na base de lançamento de Taiwan.



Na quarta-feira (19), às 10 horas, será registrada a primeira passagem do satélite pelo território brasileiro. Este evento também será acompanhado do Centro de Controle e Rastreio de Satélites do Inpe.



Programa CBERS



O CBERS-2B é o terceiro satélite de uma parceria do Brasil com a China. Desde 2004, quando começou a distribuição gratuita pela internet, mais de 320 mil imagens CBERS foram ''baixadas'' por cerca de 15 mil usuários ligados a instituições como Incra e Ibama, universidades, organizações não-governamentais e empresas privadas.



O CBERS-2B garantirá que o fornecimento de imagens iniciado em 1999 com o CBERS-1 não seja interrompido. A vida útil projetada dos satélites CBERS 1, 2 e 2B é de dois anos e a dos satélites CBERS 3 e 4 é de 3 anos. O CBERS-1 operou com sucesso até agosto de 2003, êxito que está se repetindo com o CBERS-2. O lançamento do CBERS-3 está previsto para 2009 e o do CBERS-4, para 2011.



O satélite possui três câmeras imageadores a bordo, entre elas uma pancromática de alta resolução. Esta diversidade de câmeras atende a múltiplas necessidades: do planejamento urbano, que requer alta resolução espacial, às aplicações que precisam de dados freqüentes mas não tão detalhados, como a agricultura ou desmatamentos.



Acordo espacial



De um acordo técnico-científico espacial firmado entre o Brasil e a China no ano de 1998, o Programa CBERS nasceu para o desenvolvimento de satélites avançados de sensoreamento remoto, o que possibilitou o ingresso do Brasil no grupo de nações detentoras de tais tecnologias, consolidando, assim, a autonomia brasileira neste segmento.



Segundo Luiz Tadeu da Silva, analista em Ciência e Tecnologia do Inpe, esta pesquisa foi desenvolvida com a finalidade de promover a melhoria do programa, conhecer o perfil dos usuários CBERS, a aplicabilidade de suas imagens, bem como o aperfeiçoamento dos processos, produtos e serviços prestados pela DGI.



Exposição de imagens



Durante o lançamento do satélite sino-brasileiro, o Inpe programou três exposições de imagens do CBERS – uma no Senado, em Brasília e duas em São José dos Campos (SP – na sede do Inpe e na Câmara Municipal. As exposições objetivam divulgar a importância e os benefícios das imagens de satélite e do programa espacial para o desenvolvimento do País.



A exposição no Senado, aberta nesta segunda-feira (17), fica em cartaz até a sexta-feira (21). “Brasil visto do Espaço pelo CBERS” tem 28 painéis mostrando todos os estados e suas capitais. Além de imagens do satélite, apresentam as atividades do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), o Programa CBERS e suas aplicações.



A mesma exposição foi montada na Câmara Municipal de São José dos Campos (SP) e ficará aberta ao público de 17 a 24 de setembro.



Também nesta segunda-feira, o Inpe abriu a exposição ''Como Nasce um Satélite'' na sua sede, em São José dos Campos (SP). A exposição permanece aberta ao público até o dia 5 de outubro.



A exposição apresenta modelos do CBERS-2B (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) e da câmera multiespectral MUX do CBERS-3, um modelo do SCD-2 (Satélite Brasileiro de Coleta de Dados), o “Mock-up” da PMM (Plataforma Multimissão) e o satélite francês D2.



Uma série de painéis explica desde como são definidas as cargas úteis de um satélite, a órbita, os custos, além de outros fatos do cronograma da missão. Os visitantes saberão como é feita a integração do satélite com o foguete, como acontece o lançamento e a operação em órbita.



Além do Programa CBERS, a exposição também destaca a Plataforma Multimissão (PMM), um conceito moderno em termos de arquitetura de satélites. A PMM reúne em uma plataforma todos os equipamentos que desempenham funções necessárias à sobrevivência de um satélite independente do tipo de órbita ou de apontamento.



Fonte: MC&T