Base de Alcântara seguirá modelo chinês, diz Resende
O ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, declarou nesta quarta-feira (19) na China acreditar que ainda este ano começará a reconstrução do centro espacial do Brasil, em Alcântara, no Maranhão, que poderá seguir o modelo das instalações
Publicado 20/09/2007 16:04
“Devemos reconstruir a torre de lançamento de Alcântara e fazer o centro espacial como o que se tem aqui em Taiwan”, informou Rezende, mencionando a base de lançamentos na capital da província chinesa de Shanxi, norte do país, a 750 quiilômetros de Pequim.
O complexo, de onde foi enviado à órbita terrestre o satélite de sensoriamento remoto sino-brasileiro CERBS-2B, conta com centros de controle com tecnologia de ponta, além de alojamentos e demais serviços que permitem ao seus técnicos terem quase o mesmo conforto das cidades que deixaram.
“Alcântara ainda não tem nada disso, que é necessário para se ter um programa espacial completo”, considerou Rezende”.
A Base de Alcântara ficou inoperante após a explosão do foguete brasileiro, em 2003 – construído para colocar satélites em órbitas -, provocando um acidente que deixou 21 mortos, todos especialistas aeroespaciais, e prejudicando o andamento do programa espacial brasileiro.
Segundo o ministro, o novo centro de Alcântara deverá custar entre US$150 milhões e US$300 milhões, dos quais cerca de US$15 milhões serão destinados à torre de lançamento. Ele Lembrou que o governo já realizou uma licitação para selecionar a empresa que ficará encarregada das obras, mas que esse processo está suspenso por conta dos questionamentos, perante à Justiça, da companhia que perdeu a concorrência.
Por outro lado, Rezende disse que por haver muitos técnicos brasileiros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) na China, na base de Taiwan, o Brasil já teria um acúmulo de conhecimento para dispor de um complexo que seguirá o modelo chinês.
Fonte: MC&T e Xinhua News Agency