Estudantes fazem ato político em apoio a vinda de Chávez

Ontem (20), os estudantes de Manaus mais uma vez foram as ruas. Diferentemente dos tradicionais gritos de ordem reivindicando alguma causa, as frases proferidas eram em tom de solenidade pela chegada dos pr

Mais do que uma recepção acalorada, os representantes das entidades estudantis transformaram a ocasião num verdadeiro fato político. Chegando de ônibus, os estudantes ainda caminharam 600 metros até a entrada do hotel Tropical, local do encontro dos presidentes, atrás do carro de som em que o representante da UNE no Estado, Renan Alencar, o presidente da UMES, Yan Evanovick, e o presidente da UJS no Amazonas, Bruno Corrêa, puxavam gritos de “Chavez, amigo. O Brasil está contigo”, exaltavam a unidade latino-americana e condenavam a cobertura tendenciosa que a mídia faz contra eles.


 


Juntamente com os estudantes, representantes de outros segmentos do movimento social estiveram presentes apoiando a recepção aos presidentes. Militantes da União Brasileira de Mulheres (UBM), do sindicato dos rodoviários e o secretário de juventude do PCdoB-AM, Christian Barnnnard, cujos discursos empolgavam os que ali estavam presentes, ficaram várias horas sob forte sol para expressar seus contentamentos com a presença de Chavez e Lula.


 


Uma bandeira política das mais evocadas foi a campanha “Quem vem com tudo não cansa. É proibido dobrar a direita”, uma contraposição ao movimento golpista que a direita lançou numa tentativa de solapar a popularidade de Lula, e que esteve representada por 15 pessoas do Estado de Roraima.


 


Num momento no mínimo curioso, o carro de som dos direitistas roraimenses, atrasado em três horas, foi estacionado ao lado do qual estava os estudantes e saiu em 10 minutos. O único interlocutor que ali estava para bradar contra Lula não resistiu a artilharia verbal dos jovens, que ressaltavam o relevante trato do governo Lula com os movimentos sociais, e dispensou a grande estrutura que haviam lhe disponibilizado.


 


Apesar da grande espera pela passagem dos estadistas, a avaliação da atividade promovida pela UNE, UMES, UEE-AM e UJS foi positiva. “São ações como essa que mantém, cada vez mais, o terror da direita longe do poder”, afirmou Yan Evanovick.


 


Anderson Bahia
UJS/AM