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Paulo Paim acha que oposição não quer voto aberto

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, por unanimidade, a instituição do voto aberto para todas as sessões do Legislativo. A Proposta de Emenda Constitucional de Paulo Paim (PT-RS), que abre o voto em todas as oportunidades, foi ace

Paim ficou indignado com a postura da oposição em trancar a pauta. “Falaram, na Comissão, que iram desobstruir a pauta para votar a PEC. Todos concordaram. Quando chegaram no plenário, obstruíram”. O senador duvida que a oposição tenha realmente interesse em votar uma PEC que institua o voto aberto em todos os sentidos. “Sinceramente tenho minhas dúvidas, muitas dúvidas”.


 


O congressista citou o senador José Agripino (DEM-RN), que se posicionou contra em plenário. Ele acha que o caminho é centrar o debate e não discutir assuntos para desvirtuar o tema. “Agora é fazer um debate qualificado, de alto nível, do que nós entendemos o que deva ser o processo democrático e a transparência de cada senador e deputado em todos os casos, não somente na perda de mandato”.


 


Painel Eletrônico


 


Com a compreensão que a proposta do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) pode desvirtuar o debate, o senador Paim fala que não tem nenhum sentido a proposta. Ele explica que, quando a votação secreta era feita em papel, os votos eram incinerados logo em seguida. “Agora, com o voto eletrônico, você inutiliza por imediato os dados. Isso foi instituído depois do problema que aconteceu com ACM e Arruda”.


 


Outra coisa que o senador não vê sentido é a proposta de abrir as votações anteriores. “Não tem muita lógica. O que não ajuda, e soa como se alguns setores no Senado falassem: ‘ah, vocês querem voto aberto no Senado, então vamos abrir totalmente o que já aconteceu para trás’. Essa é uma estratégia para desvirtuar o debate. Não sei porque muitos têm tanto medo do voto aberto para o veto”.


 


Paim acha que o tema não merece grandes debates. Caso fosse aprovada, o senador acha que seria o mesmo que rasgar a Constituição. “Minha emenda é para mudar a Constituição”. Concluindo, o senador diz que, “nesse tema, não estou falando sobre quem é contra ou a favor do Renan, essa é uma tese do voto aberto”.


 


De Brasília
Alberto Marques