Alunos de alfabetização quintuplicaram em dez anos
O número de brasileiros com mais de 15 anos que estudam em cursos de alfabetização multiplicou-se por mais de cinco entre 1996 e 2006, passando de 143 mil para 778 mil. Apesar disso, o analfabetismo ainda atinge 14,4 milhões de adultos. Os números são da
Publicado 28/09/2007 14:53
Observe as tabelas ao lado: O Nordeste permanece como a região brasileira menos alfabetizada, com uma taxa de analfabetismo funcional (35,5%) que é mais que o dobro da média das outras regiões. Nos dez anos que o IBGE compara, foi quem mais expandiu os cursos de alfabetização. O número de alunos se multiplicou por sete e chegou a quase 400 mil, correspondendo a 51% do total nacional no ano passado — embora em números relativos o Norte tenha tido a maior expansão, de mais de dez vezes.
Alfabetização juvenil é mais rápida
Como resultado, o Nordeste foi a região que teve a maior redução na taxa de analfabetismo funcional, de 2,0 pontos percentuais, contra 1,3 ponto na média de todo o país. Foi a maior redução porém ainda muito lenta. Em números absolutos, a população analfabeta brasileira em toda uma década reduziu-se em apenas um milhão: de 15,4 milhões para 14,4 milhões, dos quais mais de 10 milhões eram pretos e pardos, conforme a nomenclatura usada pelo IBGE.
As taxas de analfabetismo foram de 6,5% para brancos e de mais que o dobro, 14%, para pretos e pardos. A taxa de analfabetismo funcional também era muito menor para brancos (16,4%) do que para pretos (27,5%) e pardos (28,6%). A média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais de idade mostrava uma vantagem de 2 anos para brancos (8,1 anos de estudos), em relação a pretos e pardos (6,2).
O aspecto positivo é que o analfabetismo entre jovens é o que se reduz mais depressa. Entre 1996 e 2006, o percentual de analfabetos dom 15 a 24 anos de idade reduziu-se a menos da metade, 12,4% para 5,8%.
Nos cursos de alfabetização, em 2006, penas 6,6% tinham idade superior a 60 anos.
Com informações do IBGE: ftp://ftp.ibge.gov.br