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Bancários fazem greve nacional de 24 horas nesta sexta

A paralização nacional é uma resposta das assembléias realizadas nesta quinta (27) que rejeitaram reajuste salarial de 4,82% proposto pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Os bancários pedem reajuste salarial de 10,3% (que prevê aumento real de 5,

Nesta sexta (28), os bancários se reúnem com os representantes dos bancos para tentar um novo acordo com a Febraban. O resultado será levado a novas assembléias, agendadas para a próxima terça-feira (2). Nesse encontro, os bancários vão decidir se entram em greve por tempo indeterminado a partir da quarta (3).


 


A categoria também quer uma remuneração variável, ou seja, regrar o pagamento e acabar com a cobrança de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos, além de 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.


 


“Os bancários não abrem mão do aumento real de salário e da valorização dos pisos, da participação nos lucros, da cesta-alimentação e do auxílio-refeição. A responsabilidade desta paralisação é dos bancos, que não apresentaram uma proposta que contemplasse as reivindicações da categoria”, afirmou Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo. 


 


A Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) informa ainda não ter balanço nacional completo da paralisação.


 


São Paulo e Rio


 


No Rio, segundo o sindicato regional, estão parados trabalhadores do Banco do Brasil e Caixa Econômica.


 


Na capital paulista, segundo o sindicato, pelo menos 69 agências bancárias no centro da cidade estão fechadas (quase 100%), além de outras na avenida Paulista.


 


O próximo balanço sobre a adesão à greve, que incluirá outras regiões da cidade, sai por volta das 14h. A categoria reúne 420 mil bancários em todo o país, sendo 114 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.


 


Curitiba


 


De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba (PR), seis grandes centros administrativos da capital – onde estão concentrados os serviços de infra-estrutura e logística – e mais 25 agências centrais não atenderão o público nesta sexta (28). 


 


Segundo a presidente do Sindicato, Marisa Stedile, que representará a categoria na rodada de negociação à tarde com a Fenaban, em São Paulo, a expectativa é que novas agências devem aderir à paralisação no decorrer do dia.


 


São cerca de 6,4 mil funcionários participando do movimento de paralisação, “mas a população pode ficar tranqüila, porque a cada agência fechada há outras sem qualquer impedimento ao livre acesso”, garantiu Stedile.


 


“Não aceitamos essa situação porque sabemos que os bancos podem dar o reajuste salarial da categoria. Vamos em busca de um reajuste condizente com a alta lucratividade dos bancos”, afirmou Otávio Dias, secretário de Finanças do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e integrante do comando nacional da categoria.


 


Recife


 


Os bancários de Pernambuco decidiram, em assembléia realizada na noite do dia 27, na sede do sindicato da categoria, rejeitar a proposta de paralisação das atividades, por 24 horas, feita pelo comando nacional de greve. No entanto, o calendário de mobilizações desta sexta está mantido.


 


A secretária-geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, explica como vai ser a programação. “Nós vamos retardar, para as 13 horas, o atendimento em quatro agências de bancos privados – Bradesco, Itaú, Real e Santander –, na Rua do Imperador, no centro da capital, como forma de pressão para que a negociação hoje à tarde com os banqueiros, em São Paulo, possa avançar”, enfatizou.


 


Em todo o estado cerca de 9 mil bancários trabalham em mais de 600 agências de instituições públicas e privadas, sendo 80% na região metropolitana.