Mais de 2000 projetos disputarão 450 milhões da Finep

Em apenas três semanas de inscrições, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, recebeu 2.569 projetos de empresas brasileiras para o Programa de Subvenção Econômica, que vai destinar RS$ 450 milhões

O número recorde de projetos, abrangendo cinco áreas e 38 temas, é o dobro do ano passado, quando foi lançado o primeiro edital do programa. Segundo Rebelo, o Ministério de Ciência e Tecnologia quer fazer da inovação um motor da política tecnológica do Estado. “Atingimos um pico de investimento em tecnologia no Brasil. Em 2008, serão destinados R$ 2,8 bilhões contra apenas R$ 1,1 bilhão em 2005”.



Segundo o deputado federal Edmilson Valentim (PCdoB/RJ), o orçamento destinado à Finep vem aumentando significativamente no governo Lula. Em 2006, foram R$ 1,4 bilhão e neste ano serão mais R$ 2,013 bilhões. Neste período, foram aprovados 145 projetos de 130 empresas. Para 2010, a previsão é de que a Finep receba R$ 4 bilhões em recursos orçamentários.
     

“Esta é mais uma demonstração de que o Governo Lula, reforçado pela atuação do presidente da Finep, prof. Luís Fernandes, tem uma visão estratégica e de desenvolvimento econômico e nacional, com geração de mais emprego e renda a partir do investimento em ciência e tecnologia”, afirmou.



Apesar do volume de investimentos, só alcançado em 1979, e do interesse crescente das empresas pelo tema, o presidente da Finep alerta para a baixa performance dos trabalhos brasileiros divulgados na comunidade internacional. “O número de patentes depositadas em escritórios internacionais é seis vezes menor que o de trabalhos acadêmicos publicados no exterior.”



A necessidade de incentivo à pesquisa e à inovação tecnológica foi reforçada pelo gerente-executivo da Petrobrás, José Antônio Figueiredo, responsável pelo Programa de Mobilização da Indústria do Petróleo (Prominp). Segundo Figueiredo, caso isso não ocorra, já em 2008 a produção de petróleo sofrerá uma queda de cerca de 180 mil barris/dia (10% da atual produção anual).  A previsão é de que a demanda aumente dos atuais 1,9 bilhão de barris/dia para 2,4 bilhões em 2012. “Somos dependentes de investimento em tecnologia porque temos que ir onde o petróleo está para aumentarmos a produção de forma sustentável”, afirmou, ressaltando a necessidade de compartilhar conhecimento.