Timor-Leste: Violência de 1999 foi programada por Jacarta
Durante a última sessão de audiências da Comissão de Verdade e Amizade, estabelecida por Indonésia e Timor Leste para promover a reconciliação entre os dois países vizinhos, Jhony Marques, um ex-milícia pro-Jacarta, sentenciado a 33 anos de prisão por
Publicado 28/09/2007 16:16
“Por isso as autoridades e, especialmente, o Presidente da Indonésia e o Menkopolkam (Ministro de Segurança) deveriam ser responsabilizados pelo assassínio em Timor Leste”, e considerou que não é justo pessoas como ele estarem presas e os verdadeiros responsáveis estarem livres.
Marques, chefe da milícia Alfa, admitiu que enviou seus homens para atacar um comboio de freiras e um padre em Lospalos em 1999, e que estava sob a influência de drogas na altura. O ataque resultou em oito mortos e o abuso sexual de 300 mulheres.
As declarações, proferidas na última quarta-feira (26) na sede da Comissão em Dili, vêm na sequência da afirmação por Tomas Gonçalves, antigo líder distrital, que admitiu na terça-feira que dois generais indonésios na reserva o contataram para organizar milícias pró-integração em 1999.
Gonçalves disse à Comissão que “Fomos convidados pelo Ministro da Informação Yunus Yosfiah, que disse que a Indonésia daria fundos e armas para aqueles que apoiavam a integração”.
A ONU defende que 1.000 timorenses foram chacinados na violência na altura do referendo sobre Independência em Timor-Leste, em 1999.