Câmara de Diadema aprova moção de solidariedade a Quartim

A Câmara Municipal de Diadema aprovou por unanimidade uma moção de apoio ao professor da Unicamp, João Quartim de Moraes. Esta foi mais uma resposta dada pelos setores democráticos da sociedade brasileira contra as calúnias proferidas pelo intelectual dir

Olavo Carvalho, de maneira irresponsável, acusou Quartim de ser mandante e executor do assassinato do capitão norte-americano Charles Chandler, em 1968. Afirmou Olavo: “na falta de realizações intelectuais, o homicídio político é uma glória curricular mais que suficiente pelos atuais critérios do establishment universitário brasileiro”. O militar, que foi executado por um grupo guerrilheiro, era suspeito de ser agente da CIA.


 


Em entrevista exclusiva ao Vermelho Quartim rebateu a acusação, afirmando que nem mesmo os tribunais do regime militar o acusaram de ter participado daquela ação armada.


 


A justificativa da moção, apresentada pelo vereador comunista, teve por base artigo publicado no sítio Vermelho que retratou a indignação que tomou conta da intelectualidade brasileira quando proferidas as calúnias contra o professor. Foi organizado um abaixo-assinado que, até o momento, conseguiu 1400 assinaturas dos principais intelectuais e militantes da esquerda brasileira. Assinaram o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e do PCdoB, Renato Rabelo.


 


Renato Rabelo em uma nota afirmou: “Em condições civilizadas do debate de idéias profícuo, quando realizado em patamar elevado, é justo e razoável estimular a polêmica e o contraditório no sentido de buscar a verdade e extrair lições da História. Mas quando um cidadão – que se auto-intitula filósofo – resolve atacar de forma torpe um intelectual do gabarito do professor de filosofia da Unicamp, João Quartim de Moraes, os argumentos apresentados não nos permitem sequer entrar no mérito das questões colocadas. As acusações desqualificadas de Olavo de Carvalho na coluna do Jornal do Brasil e no Diário do Comércio não merecem consideração. Toda a solidariedade ao professor João Quartim de Moraes !”


 


De Campinas,


Augusto Buonicore