Estudantes e sindicalistas lembram Che Guevara

“Hasta siempre comandante”. Com um tom de cultivo eterno da imagem de Che Guevara, entidades estudantis e sindicais do Amazonas homenageiam, ao longo da semana, aquele que ficou para a posteridade como o

Organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicação (Sintel) e pelo Centro Estudantil e Cultural de Letras do Amazonas (Cecla), contando, ainda, com o apoio e participação da CUT e da UJS, o memorial Che Guevara teve sua programação iniciada segunda-feira (08) e se estende até hoje. Ao longo da semana, já foram realizadas diversas atividades que resgatam a essência de Che.


 


Caminhadas no centro da cidade com panfletagem e distribuição de flores, debates na Universidade Federal do Amazonas e uma exposição de artes plásticas, seguida de recital de poesias sociais e cantigas, realizada no Centro de Artes da UFAM (CAUA), marcaram as atividades que lembram os 40 anos de morte do revolucionário e maior símbolo da juventude engajada. Nesta quinta-feira, os organizadores ainda oferecem o último em que se discutirá a figura de Guevara no processo de globalização e encerram com uma festa na Praça da Saudade.


 


Os debates, que são as principais atividades da programação, têm contado com representantes de diversas frentes dos movimentos sociais. Já passaram pelas mesas o presidente da UJS no Amazonas, Bruno Corrêa, a professora de comunicação e ativista do movimento de mulheres, Ivânia Vieira, o líder indígena, Fidelis Baniwa e a militante do movimento estudantil, Maria das Neves. Durante o último, deve estar presente o secretário de juventude do PCdoB-AM, Cristian Barnnard.


 


Segundo os organizadores, o objetivo é manter o vivo o ideal de revolução. “Ao promover atividades que buscam a essência da vida de Che Guevara, pretendemos que os jovens da atualidade conheçam seu ideal e busquem a revolução da forma como o momento propicia, que é através da luta ideológica e da intelectualidade”, afirmou João Bosco, diretor do Cecla.


 


Outra análise bastante comentada tem sido a cobertura da mídia, em particular da revista Veja, sobre o símbolo da esquerda no continente. “Só seres muito abaixo da ignorância para venderem a imagem banal que a Veja fez do Che”, exclamou Guaraciaba Tupinambá, diretor da TV UFAM. “Convido todos a buscarem saber quem é a Veja. E, depois, peço que a desprezem porque ela não tem valor algum”, concluiu.


 


Se depender do público presente, eminentemente composto por jovens estudantes universitários e adolescentes de escolas secundaristas, levados ao evento por seus professores, a estimativa de Cristian Barnnard persistirá. “Ernesto Che Guevara vai ser o símbolo da juventude por vários e vários anos”, afirmou.


 


Anderson Bahia
UJS/AM