PCdoB tem candidato à prefeitura de Umbaúba

 


Há 14 anos dedicados ao sacerdócio, o Padre José Alves, 45, é uma das novas lideranças dos comunistas em Sergipe. Seu nome está à disposição para cargo majoritário nas eleições de 2008 no município de Umbaúba.

 


Filho da cidade de Lagarto, o Padre é ligado ao grupo sacerdotal que discute “Fé e Política”. E nas suas palavras, as duas questões “são amigas que não pode andar separadas, pois cuida da salvação do homem”.


 


Atuante junto aos movimentos populares, Zé Alves, como é mais conhecido, tem uma história de lutas no campo social e eclesial. Ele foi durante 15 anos representante da Diocese de Estância, coordenador estadual das Pastorais Sociais, por fim, presidente do Conselho da Cáritas Bahia e Sergipe.


 


O seu histórico político é ligado, de maneira íntima, às comunidades mais carentes da região Sul do Estado. E por onde passou, foi vigário paroquial de Simão Dias, pároco das cidades de Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Umbaúba e Arauá, sempre defendeu as principais bandeiras da população como moradia, terra, educação, acesso à água, dentre outros.


 


Na entrevista, Padre Zé Alves fala sobre projeto político e sua recente filiação ao PC do B.


 


Vermelho – Na sua opinião, como a política pode melhorar a vida das pessoas?
Padre – O bem comum serve para  organizar a ''POLIS'' (cidade). Os cidadãos e cidadãs contribuem com o seu voto para escolher representantes dignos de construir uma sociedade de seres iguais, tendo o direito a tudo. Por isso a política é a arte mais bela para o engrandecimento de todos.


 


Vermelho – Há quanto tempo o senhor desenvolve trabalho na área política?
Padre – Desde do meu nascimento! Participando do primeiro grupo social, a minha família. Mas entendi claramente o meu envolvimento com as classes sociais aos 16  anos. Fui participante ativo dos grupos de jovens e daí por diante. Com  a presença de Pe. Almeida muito jovens começaram a estudar os documentos sociais da  igreja, a partir daí o entusiasmo invadiu a nossa mente e nosso coração. Essa hora dava-se inicio a um pequeno grupo de reflexão de fé e  política.


 


Vermelho – Por que o senhor se filiou ao PC do B?
Padre – Acredito  que ele vai corresponder com  minha expectativa. Os  seus representantes são comprometidos com  as causas sociais. E daí nasce a nossa afinidade. Juntos vamos colaborar com um país mais justo  e solidário. Em Sergipe o PC do B, surge como um grande partido de transformação social. Ele é aliado desde do Presidente da Republica ao Governador do Estado, sendo um dos agentes empenhados em minimizar os problemas sociais que atacam o  nosso povo.


 


Vermelho – Como os partidos estão se movimentando para as eleições de 2008 na cidade? 
Padre – Umbaúba é uma cidade de Sergipe e da Região Sul que mais cresce.Há trabalhadores na citricultura e o comércio cresce a passos largos. Portanto precisamos de um maior ordenamento administrativo para que amanhã a população não pague por erros primário que acontece hoje. O ano de 2008 é o ano das eleições. O que observamos são alguns candidatos olhando para o seu próprio umbigo, ao invés de pensar um projeto para Umbaúba, Sergipe e o Brasil. Penso que um projeto político tem que ouvir a voz da sociedade. Precisamos urgentemente organizar administração, no que diz respeito ao funcionalismo público, criar mecanismo de geração de emprego e renda e espaço maior para a juventude, qualificando-a. A corrida nesse momento é grande para a mudança de partidos. O interessante não é a identificação com o partido, mais o uso do partido para sua eleição, nada de compromisso. E necessário uma solidificação entre partido, eleitor e candidato para uma construção melhor da sociedade.