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Qual lição os EUA tiram do doping da velocista Marion Jones?

O escândalo sem precedentes de doping surpreendeu todo mundo: a ex-primeira
velocista do mundo, Marion Jones, que sempre negou-se a confessar que havia
se dopado, admitiu em 5 de outubro, perante um tribunal, que “me dopei e
enganei todo mundo”.

A suspeita sobre o doping sempre perseguiu Marion em sua carreira esportiva.
Aproveitando o dinheiro, a fama e o carinho que as pessoas lhe dava, e
inclusive correndo o risco de ser condenada à prisão, mentiu peranto o
tribunal para encobrir o fato de que se dopava há já sete anos.



Já antes dos Jogos Olímpicos de Atenas se ouviam rumores sobre Marion se
dopar. O organismo anti-doping americano realizou “investigações” sobre o
caso, entretanto a ex-velocisa conseguiu sair airosa dos testes. Marion
Jones, que provara ser “inocente” no caso, desejava restaurar seu prestígio
com possíveis êxitos nos jogos de Atenas, porém só ocupou o quinto lugar no
salto em distância.



Durante os dois anos posteriores foi desaparecendo paulatinamente do
esporte, devido à gravidez, e seu marido Tim Montgomery foi multado com a
suspensão de participação por dois anos, pela comissão de doping, o que o
fez aposentar-se. Seu ex-treinador, Trevor Graham, também foi acusado de
mentir perante os denunciantes.



Se neste momento Marion optasse por abandonar as canchas de atletismo, seria
possível que seu escândalo se convertesse em um enigma impenetrável.
Entretanto, ela decidiu voltar a participar das competições. O surpreendente
é que a prova A de sua urina havia resultado positiva, e o mais estranho é
que a prova A e B deram resultados distintos, uma positiva e outra negativa.
Isso a salvou do abismo. Inclusive convocou uma coletiva de imprensa para
propalar aos quatro ventos sua inocência, afirmando que “a ciência havia
provado” sua inocência.



Floyd Landis, ex-campeão do famoso Tour de France, a volta da França no
ciclismo, e personagem objeto da opinião pública no escândalo de doping,
seguiu o exemplo de Marion Jones ao negar-se a reconhecer que havia
praticado o doping, apelando nos tribunais várias vezes. Apesar de gastar
uma quantia fabulosa de dinheiro no tribunal por dois anos, também terminou
em fracasso completo.