Professores mantêm indicativo de greve e negociam com GDF

Em assembléia nesta quarta-feira, professores do Distrito Federal decidiram não paralisar as atividades, mas mantiveram o indicativo de greve. A categoria – que se reuniu no Centro Administrativo do governo, em Taguatinga – vai continuar negociando com o

O governo ofereceu reajustes que variam entre 12% e 22%, dependendo do tempo de serviço e titulação. Mas, para conseguir esse aumento, reduziu o valor de algumas gratificações.


 


Uma das principais reivindicações dos docentes – a isonomia salarial com servidores de nível superior da Saúde – também não foi atendida da maneira que desejava a categoria. Os professores queriam que, até 2010, o salário-base de R$ 924 atingisse o valor do vencimento de um médico da rede pública – cerca de R$ 2 mil.


 


O GDF argumentou não poder estabelecer aumentos fixos anuais, já que a disponibilidade de recursos depende dos reajustes no Fundo Constitucional do DF. O dinheiro do fundo é destinado à saúde, educação e segurança e tem reajustes com base na Receita Corrente Líquida da União.


 


“Como a nossa proposta de implementação em três anos não pôde ser atendida, ficou definido que, todos os anos, a nossa discussão de reajuste partirá do valor do Fundo Constitucional. Ela nunca ficará abaixo do valor de reajuste do fundo”, explicou Rosilene Corrêa, coordenadora de imprensa do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro).


 


Gratificações


A categoria vai tentar, até o dia 26 de outubro, conseguir reverter a redução nos valores de alguns benefícios. A Gratificação de Regência de Classe, por exemplo, caiu de 43% para 30% do vencimento na proposta do GDF. Já a Gratificação de Dedicação Exclusiva foi de 108% para 50%. Já o bônus para docentes que trabalham com sistema prisional – a maior de todas, 250% do salário – ficou para ser discutida à parte, uma vez que só é paga a 60 professores.



 


Mariana Branco
Do CorreioWeb