Valerioduto: PSOL entra com representação contra tucano
O PSOL entregou, nesta quinta-feira (18), à Mesa Diretora do Senado, uma representação contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e mais uma – a sexta – contra o presidente licenciado do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Publicado 18/10/2007 18:16
Na ação contra Azeredo, este é acusado de ter se beneficiado de recursos do
chamado valerioduto de Minas Gerais em 1998, quando tentou se reeleger
governador do Estado.
Na sua primeira edição do ano, a revista Carta Capital destacou a autenticidade, pela Polícia Federal (PF), do documento que estima em R$ 100 milhões os gastos do ex-governador tucano de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, em 1998, no esquema conhecido como valerioduto.
O “resumo da movimentação financeira” está dividido em 11 tópicos. O primeiro deles relata que só a SMP&B e a DNA, agências do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, teriam movimentado R$ 53,8 milhões em favor do comitê de Azeredo. Uma parte substancial, quase R$ 11 milhões, teria sido desviada de empresas públicas ou recém-privatizadas à época, entre elas o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), a Cemig, a Copasa e a Loteria Mineira.
Renan
Já para a representação contra Renan, o PSOL utilizou o mesmo embasamento dos outros processos: reportagens da grande mídia. Desta vez foi uma matéria publicada pelo Estadão, que acusa o senador de ser autor de uma emenda parlamentar ao Orçamento que liberou R$ 280.000 para a construção de casas populares no município alagoano de Murici, cujo prefeito era seu filho, Renan Calheiros Filho (PMDB). A construção das casas teria sido de responsabilidade da KSI Consultoria e Construção, de propriedade de um ex-assessor de Calheiros.
Caberá à Mesa Diretora do Senado decidir se envia ou não as representações ao Conselho de Ética da Casa para que decida se é o caso de abrir processos contra os senadores. Calheiros já foi absolvido em um processo e responde a outros quatro.
De Brasília
Alberto Marques
Com agências