Ex-general chileno é condenado por seqüestro
A Corte de Apelações chilena ratificou a pena de oito anos de prisão do ex-chefe da Direção de Inteligência do Exército (Dine), o general aposentado Héctor Orozco, pelo seqüestro qualificado e a desaparição de um agente deste organismo que tentou asilo na
Publicado 19/10/2007 17:57
Pelo mesmo crime foi condenado também a seis anos de prisão o brigadeiro Adolfo Born.
As penas referem-se ao seqüestro e desaparição do sub oficial e agente do Dine Guillermo Jorquera, que em 23 de janeiro de 1978 tentou asilo na embaixada da Venezuela em Santiago, mas foi preso por policiais do corpo de “Carabineros”.
Jorquera foi informado de que estava sendo procurado por agentes de inteligência, razão que o levou a pedir refúgio em uma instituição diplomática, quando foi detido e entregue e oficiais do Exército.
“A partir deste momento, nunca mais foi visto”, apontou o advogado da acusação Nelson Caucoto, que lembrou que ambos os oficiais haviam sido condenados pela ministra Adriana Sottovía à pena de cinco anos e um dia.
No entanto, a Corte aceitou os argumentos de Caucoto, que apelou para aumentar as penas.
O advogado manifestou em sua alegação que Orozco não podia receber a mesma sentença que Born, pois a investigação afirma que foi ele quem deu a ordem de prender e seqüestrar Jorquera, sendo o chefe do Dine.
Ambos estão ainda em liberdade provisória, porque seus advogados, Marcelo Cibié (Orozco) e Miguel Ungel Parra (Born), recorreram à Suprema Corte através de recurso de cassação, pendente de resolução.
O general Orozco foi também diretor da Televisão Nacional durante a ditadura do falecido Augusto Pinochet (1973-1990).