Secretários discutem integração estratégica entre os Estados do Norte

Apenas os Estados de Rondônia, Pará e Roraima não estiveram presentes ao encontro de ontem, que teve a febre aftosa como principal tema discutido.   A urgência é a determinação do Governo Federal para que, até 2009, todos os Estados Brasileiros estejam classificados pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) como Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação.  
 
Atualmente, apenas os Estados de Rondônia e Tocantins possuem esse status consolidado na Região Norte, enquanto Amazonas, Roraima e Amapá continuam como áreas de risco desconhecido.  O Pará está caminhando a passos largos para chegar à certificação, possuindo atualmente 44 municípios com o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa com vacinação.
 
A principal proposta dos dirigentes é efetivar cooperações mais estreitas e regulares para que, unidos, os Estados da Região possam ampliar as ações de imunização e o poder de articulação e reivindicação junto ao Governo Federal.   A cooperação se daria principalmente nas áreas de fronteira entre os Estados, como, por exemplo, no Baixo Amazonas, onde Amazonas e Pará fazem limites em diversos municípios.
 
Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Pesca, Floresta e do Abastecimento (Seaf) do Amapá, José de Ribamar Quintas, a iniciativa de integração é muito importante porque aumenta as chances de os Estados crescerem juntos. A mesma opinião é compartilhada pelo secretário executivo de Agricultura do Pará, Cássio Alves Pereira. ''Essa iniciativa começa a fortalecer a integração da região. Estou curioso para conhecer as políticas de desenvolvimento rural do Amazonas, do Amapá e de outros Estados. Precisamos discutir o plano do Governo Federal pra Amazônia e principalmente pensarmos juntos as estratégias de desenvolvimento para a Região'', disse Pereira.
 
Para o secretário Eron Bezerra, apesar de não ser a região com maior tradição na pecuária brasileira, o Norte do país possui um rebanho total estimado em 35 milhões de cabeças que não pode ser menosprezado.   ''Mesmo porque um pequeno foco em qualquer um dos Estados da região pode prejudicar todo o país'', avisou.  ''A proposta de integração é necessária porque tenho certeza que podemos trabalhar juntos em diversos aspectos, em especial no combate à febre aftosa. Os diversos programas e projetos lançados pela Sepror também serão passados aos colegas dos outros Estados para que possamos trocar experiências bem-sucedidas visando apenas ao desenvolvimento acentuado da Amazônica'', completou Bezerra.
 
Uma nova reunião foi agendada para o fim de novembro já com três pautas específicas previamente definidas: políticas de desenvolvimento dos Estados, políticas de combate à Febre Aftosa e políticas para o pescado.   A expectativa é que todos os Estados da Região Norte, mais o do Maranhão, participem do encontro.

Assessoria de Comunicação
Sistema Sepror