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Senado uruguaio aprova aborto, que presidente vetará

O Senado uruguaio aprovou na última terça-feira (6), por 18 votos a 13, projeto de lei que descriminaliza o aborto. A proposta de Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva, que inclui a permissão para aborto até a 12ª semana de gravidez, seguirá à Câmara dos Depu

A medida não passará, porém, pela sanção presidencial – o chefe de Estado, Tabaré Vásquez, afirmou que vai vetá-la. O veto poderá ser derrubado pela reunião das duas Casas do Congresso Nacional.



A proposta, que mobiliza militantes feministas e grupos antiaborto, divide a base do governo esquerdista de Vásquez e a oposição. O senador governista Alberto Cid, que havia votado contra a descriminalização em 17 de outubro, mudou ontem sua posição. “Minha intenção [na sessão anterior] era não expor o presidente numa decisão que provoca tanta polêmica na sociedade”, afirmou.



A maioria dos uruguaios é favorável à descriminalização, segundo pesquisa realizada em maio pela empresa Factum: 61% apóiam a medida, 27% são contrários e 12% não têm opinião formada sobre a questão. A aprovação foi comemorada por grupos feministas.




Na América Latina, o aborto só é permitido em Cuba, na Guiana e na Cidade do México, cujo Legislativo aprovou a descriminalização em abril deste ano.



Fonte: AFP