O Maranhão está entre os estados com pior Índice de Desenvolvimento Juvenil

O Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ), estudo que focaliza a situação social e econômica dos jovens do Brasil, divulgado ontem (19), em Brasília, mostra que nos jovens brasileiros, entre 15 e 24 anos, a principal causa de mortalidade são as chamada

O Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ), estudo que focaliza a situação social e econômica dos jovens do Brasil, divulgado ontem (19), em Brasília, mostra que nos jovens brasileiros, entre 15 e 24 anos, a principal causa de mortalidade são as chamadas causas externas e, mais especificamente, as causas violentas (acidentes de trânsito, homicídio ou suicídio). O relatório aponta o Distrito Federal como a unidade da federação com melhor IDJ, ou seja, com melhores condições de vida para os jovens. Santa Catarina ficou em segundo lugar, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul. Os piores colocados no ranking foram Piauí, Maranhão, Pernambuco e Alagoas. Para o sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, que elaborou o estudo, este aspecto é preocupante. O IDJ baseou-se em critérios semelhantes aos utilizados pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas adaptando-os de modo a contemplar questões específicas dos jovens na faixa etária de 15 a 24 anos. O estudo tem o apoio da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA), do Instituto Sangari e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Na opinião de Waiselfisz, desde o começo da pesquisa até os últimos dados, em 2005, os números melhoraram, mas “há muito há percorrer”, segundo ele. Ele disse que estamos melhorando, mas não no ritmo necessário. Ele destacou o baixo índice de analfabetismo entre os jovens em 2006, a taxa de analfabetismo entre jovens foi de 2,4%, bem inferior ao índice registrado em 1993: 8,2%. Apesar da quase erradicação do analfabetismo, o IDJ mostra que sete milhões de jovens ainda estão fora das escolas. Aproximadamente 30% dos jovens só estudam, 18% estudam e trabalham, 32% só trabalham, e 20% nem estudam nem trabalham. (O Estado do Maranhão, p.07, 20/12)