CTB nasce forte na Bahia

A Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) terá uma base forte na Bahia. Mais de 300 sindicatos já se integraram à entidade, que realizou seu Congresso de fundação entre os dias 12 e 14 de dezembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O estado levou a maior

A Bahia participou ativamente das discussões e do movimento pela criação da entidade. Salvador sediou o encontro histórico da Corrente Sindical Classista, em setembro, que decidiu pela saída definitiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela criação de uma nova central trabalhista que fosse plural e democrática. Depois da decisão, vários dos principais sindicatos baianos se desfiliaram da CUT e aderiram à CTB, entre eles, o Sindicato dos Bancários da Bahia, dos Comerciários, da Construção Civil, dos Metalúrgicos, dos Médicos, além da Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB).


 


Os trabalhadores rurais também terão papel importante na CTB na Bahia. Até o momento mais de 200 sindicatos rurais aderiram à central no estado com representações de cidades importantes como Juazeiro, Eunápolis, Guanambi, Jequié, Nova Redenção, São Félix, Alcobaça e Poções. Até o congresso estadual da CTB, que deverá acontecer até março de 2008, mais sindicatos estarão se integrando à entidade, que será coordenada por Adilson Araújo, diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia. Para ele,  “é hora de buscar o fortalecimento dos sindicatos que compõem a CTB, com especial atenção para os sindicatos da área rural,” declarou.


 


Outras lideranças sindicais da Bahia participam da direção nacional da CTB. David Wylkerson de Souza, da Fetag, ocupa a vice-presidência, Pascoal Carneiro, do Sindicato dos Metalúrgicos é o secretário-geral; Eduardo Navarro, da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, é secretário de finanças adjunto; Ana Rita Miranda, da Fetag, ocupa a Secretaria de Jovens. Na Secretaria de Combate ao Racismo está Dalva Leite, do Sindicato dos Comerciários; Raimundo Britto, da Fetracon, é diretor executivo para a área de construção civil e o vereador Everaldo Augusto (PCdoB) ocupa a direção plena.


 


Unicidade sindical


 


A CTB nasce com um compromisso importante, unir a luta dos trabalhadores. “A unicidade do movimento sindical brasileiro é um fator indispensável para fazer frente à ofensiva neoliberal que predomina no Brasil e avançar na luta por um projeto de desenvolvimento nacional, pavimentado na democracia e na valorização do trabalhador”, explica o coordenador da CTB na Bahia, Adilson Araújo.


 


A primeira proposta concreta no sentido da integração das centrais sindicais é a construção da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). O evento debaterá questões relacionadas ao mundo do trabalho e elegerá uma coordenação para dar encaminhamento a reivindicações comuns como a redução da jornada sem redução do salário, o salário mínimo nos parâmetros do Dieese, defesa de direitos, projeto de desenvolvimento, entre outros.


 


De Salvador,
Eliane Costa