Desastres naturais de 2007 custam 11 mil vidas e US$ 75 bi
As catástrofes naturais de 2007 provocaram 11 mil mortes e somaram prejuízos de US$ 75 bilhões, um crescimento de 50% sobre o registrado no ano passado, mas bastante inferior ao recorde de US$ 220 bilhões estabelecido em 2005 — ano do tsunami asiático.
Publicado 27/12/2007 19:07
De acordo com a segunda maior companhia de resseguros do mundo, foram registradas 950 catástrofes naturais em 2007, contra 850 em 2006. O número de eventos registrados neste ano é o maior desde 1974, ano no qual a Munich Re iniciou o seu monitoramento de catástrofes, o NatCatService.
''Os dados confirmam nossas expectativas e endossam nossa insistência de que os riscos devem ser registrados a preços adequados, apesar de anos com perdas comparativamente baixas como 2006. A tendência, no que diz respeito aos extremos do clima, aponta que as mudanças climáticas já estão se tornando realidade e mais eventos extremos são esperados no futuro. Não devemos nos deixar enganar pela falta de megacatástrofes em 2007'' , disse o membro do conselho da empresa Torsten Jeworrek, por meio de comunicado.
Como de costume, as catástrofes com perdas humanas mais severas de 2007 aconteceram nos países em desenvolvimento. Tempestades, inundações e deslizamento de terras em diversas partes da Ásia mataram mais de 11 mil pessoas. Cerca de 3,3 mil dessas mortes são atribuídas ao ciclone Sidr, que atingiu a Bangladesh em novembro.
Porém os eventos mais graves em termos de perdas asseguradas aconteceram na Europa. A catástrofe mais custosa para a indústria de seguros foi a tempestade de neve Kyrill, que atingiu grande parte da Europa em janeiro, provocando danos no valor de US$ 10 bilhões, com perdas asseguradas de cerca de US$ 5,8 bilhões.
Segundo o professor Peter Höppe, chefe do departamento de pesquisas Geo Risk da Munichs Re, esses eventos não podem sem atribuídos unicamente às mudanças no clima global, mas estão em linha com uma tendência que podemos esperar no longo prazo, de tempestades severas, chuvas mais fortes e maior tendência a inundações.
Com informações do Valor Online