Onda de protestos no Paquistão após assassinato de Benazir
Milhares de simpatizantes do Partido do Povo do Paquistão reagiram com uma onda de protestos ao assassinato da ex-primeira ministra Benazir Bhutto por um homem-bomba, nesta quinta-feira. Manifestações saíram às ruas em várias cidades, investindo contr
Publicado 27/12/2007 18:26
Os participantes dos protestos enfrentaram a polícia, puseram fogo em veículos e sedes do partido no governo, a Liga Muçulmana Quaid. Em vão Musharraf pediu calma, ''para que os pérfidos objetivos dos terroristas possam ser derrotados'', conforme divulgou a TV estatal.
As manifestações foram mais fortes em Karachi, a maior cidade do país e capital da província de Shind, terra natal de Benazir, reunindo vários milhares de paquistaneses. Em Rawalpindi, onde ocorreu o atentado, simpatizantes do Partido do Povo obrigaram a polícia a recuar. O ministro do Interior colocou as forças repressivas em estado de alerta vermelho.
Benazir tinha 54 anos, oito deles passados no exílio em Londres, de onde retornara dois meses antes. Ela foi morta com tiro no pescoço e na cabeça, dentro de um carro, quando deixava um comício eleitoral numa praça em Rawalpindi. ''Primeiro o homem disparou contra o carro de Benazir; ela se inclinou e ele se fez explodir'', disse Mohammad Shahid, funcionário da polícia, depois de reconstituir o atentado.
Da redação, com agências
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