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Governo do Equador eleva salário mínimo em 18% no dia 1º 

O governo Rafael Correa elevou o salário mínimo da iniciativa privada do Equador em 17,6% a partir de 1º de janeiro, de US$ 170 para US$ 200. A decisão ocorreu depois que trabalhadores e patrões não conseguiram chegar a um acordo. Este será o maior aume

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (28) pelo ministro do Trabalho, Antonio Gagliardo. Ele noticiou também que a remuneração mínima — paga a empregados domésticos, artesãos e ''colaboradores em microempresas'' — passou de US$ 120 para US$ 170, um aumento de 41,67%.

O governo progressista que tomou posse no início do ano apresentou o aumento como primeiro passo de um plano de recuperação progressiva do salário mínimo, até equipará-lo ao custo da cesta básica no país, que é de US$ 469,57. A proposta é garantir aumentos anuais de US$ 30, de modo que em 2011 este valor seja alcançado.

Mesías Tatamuez, presidente da central sindical Cedocut (Confederação Equatoriana de Organizações Classistas), destacou que este foi o maior aumento pós-dolarização. ''O aumento máximo que alcançamos antes foi de US$ 21, em 2002. Mas é preciso levar em conta que o custo de vida subiu desde então e os US$ 30 de incremento apenas compensam esses custos'', argumentou.

Os negociadores patronais condenaram o aumento. Pablo Dávila, representante dos empregadores na negociação, disse que as empresas ''perderão competitividade'', sobretudo as pequenas e médias. María Gloria Alarcón, presidente da Câmara de Comércio de Guayaquil, ameaçou com demissões: ''As empresas reduzirão seu pessoal para cobrir os custos'', previu.

Os representantes patronais ameaçaram também com um recurso perante o Tribunal Constitucional, alegando a suposta ilegalidade do aumento. Porém o ministro do Trabalho foi enfático ao dizer que as empresas que não obedecerem ao aumento serão multadas, em US$ 200 por cada trabalhador não aumentado.

Da redação, com agências