Méxicanos erguerão muro humano contra vigência do Nafta
Na próxima terça-feira, 1º de janeiro, milhares de camponeses e militantes de movimentos sociais mexicanos formarão um muro humano no posto da fronteira com os Estados Unidos em Cidade Juarez. O protesto tem como alvo o Tratado de Livre Comércio da Amér
Publicado 29/12/2007 15:47
''O muro humano será levantado na Ponte Internacional Córdoba-Américas de Cidade Juarez, estado de Chihuahua, para criticar a etapa do Nafta referente ao setor agrícola, produtores nacionais e consumidores'', disse a Frente Democrática Camponesa, uma das entidades que convocam o protesto. A Frente integra a Campanha Nacional em Defesa da Soberania Alimentar e Reativamento do Campo Mexicano, uma rede de mais de 300 organizações. Ela exige que se revogue imediatamente a medida, para evitar o esfomeamento do México.
''Continuaremos a realizar atos de protesto e tomada de consciência contra o tratado, que prevê a liberação das importações de milho, feijão, açúcar e leite em pó entre o México, os EUA e o Canadá'', afirma um comunicado de imprensa dos organizadores do protesto.
Para a Frente, ''o Nafta pode ser renegociado caso o México obedeça às regras da OMC (Organização Mundial de Comércio) e retire dos tratados comerciais os produtos considerados básicos para a cesta alimentar''. É possível apelar também para o Tratado de Viena, que legisla sobre acordos internacionais, com o argumento de que o Nafta, concluido na década passada, estabeleceu condições drásticas, sem excluir sequer o milho e o feijão, bases da alimentação dos mexicanos.
''Caso existisse vontade política e compromisso popular, se invocaria a Carta Magna, que dá primazia aos direitos fundamentais das pessoas sobre os laços comerciais subscritos pelo México'', diz o comunicado.
Fonte: http://www.prensa-latina.cu