Sem categoria

Missão de resgate dos presos das Farc já está na Colômbia

A missão internacional que participa da Operação Emanuel chegou neste sábado (29) a Villavicencio, centro da Colômbia. Os representantes de nove países, convidados pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, partiram de Caracas em três aviões Falcon 90

O ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner, que participa da missão, acompanhou os Falcon venezuelanos com a logomarca da Cruz vermelha, no avião presidencial de seu país. As aeronaves chegaram a Villavicencio às 20h20, hora de Brasília. Concluiu-se assim a segunda fase da Operação Emanuel, porém sem garantias de êxito, uma vez que continuava interrompido o contato com os guerrilheiros.

Além de Kirchner, viajaram à capital do departamento colombiano de Meta os seguintes representantes de governos estrangeiros:
– o ministro das Relações  Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro Moros;
– a presidente da Assembléia  Nacional venezuelana, Cilia Flores;
– o capitão da Marinha venezuelana Ramón Rodríguez Chacín, coordenador da missão;
– o vice-ministro da Coordenação Social da Bolívia, Sasha Llorenti;
– o assessor especial da Presidência do Brasil Marco Aurelio García;
– o embaixador da França em Caracas, Hadelin de la Tour-du-Pinel;
– o ex-ministro equatoriano Gustavo Larrea;
– o embaixador de Cuba em Caracas, Germán Sánchez Otero;
– o embaixador da Suíça em Caracas, Armin Ritz;
– e a senadora colombiana Piedad Córdoba.

A missão inclui ainda funcionários da Cruz Vermelha Internacional, o cineasta estadunidense Oliver Stonee o presidente da Telesul venezuelana, Andrés Izarra.

Chávez fala em ''meia noite do dia 31''

O objetivo da missão é possibilitar a efetivação da oferta das Farc, de libertar três das 45 pessoas que mantém prisioneiras: a ex-candidata a vice-presidente da Colômbia Clara Rojas, seu filho Emanuel, nascido na selva colombiana e que emprestou seu nome à operação, e a ex-senadora Consuelo González de Perdomo.

A operação iniciada há dois dias deve ser retomada neste domingo, quando a guerrilha informar as coordenadas do local onde os reféns serão libertados. Irma Alvarez, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR na sigla em espanhol) disse que o resgate não poderia ocorrer à noite por questões de segurança.

Chávez, que coordena a Operação Emanuel embora tenha permanecido em seu país, manteve uma postura otimista, embora dando a entender que acredita em uma flexibilização do prazo de domingo às 18h59. ''Tomara que amanhã (domingo), ou depois de amanhã, nas próximas horas, antes da meia-noite do dia 31, tenhamos em liberdade aos reféns'', disse ele em entrevista ao canal de televisão estatal de seu país.

O presidente venezuelano acusou aos Estados Unidos de estar interessado no fracasso da operação. ''Devemos ter claro que o governo dos EUA desejam que esta operação fracasse'', disse. ''Supondo que esta operação se estendesse por três ou quatro dias, ela poderia cair e teríamos que pensar em outra'', agregou.

Da redação, com agências