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Mais de 150 mil pessoas dirigem bêbadas por dia no Brasil

Todos os dias 150.355 pessoas dirigem alcoolizadas nas ruas das 27 capitais brasileiras. O dado foi apresentado nesta terça-feira (22) pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e é baseado em projeção feita pelo Monitoramento de Fatores de Risco e Doen

“Os dados sobre o consumo de bebidas alcoólicas são bastante preocupantes”, afirmou Temporão. Em 2007, o Vigitel ouviu 54 mil pessoas em todas as capitais para fazer um levantamento sobre vários aspectos de saúde da população – entre eles o consumo de álcool.



O levantamento mostrou que houve um aumento de 16,1%, em 2006, para 17,5%, em 2007, no número de pessoas adultas que afirmam consumir bebidas alcoólicas num nível considerado abusivo pela Organização Mundial de Saúde (quatro doses para mulher e cinco doses para homem, pelo menos um dia por mês).



“Existem muitos estudos segundo os quais esse nível de alcoolemia leva à produção de alterações, como sonolência, distúrbios da acuidade visual, do equilíbrio, da alteração de humor, que são todos fatores essenciais do ponto de vista de alterar sua capacidade de dirigir”, explicou a coordenadora do estudo, Deborah Carvalho Malta.



De acordo com o Vigitel, é entre 18 e 24 anos que os adultos mais consomem abusivamente. Cerca de 23% das pessoas nessa idade assumem consumir mais de quatro ou cinco doses de bebida pelo menos um dia por mês. Mas, quando se fala apenas da população adulta masculina, o maior número de consumidores abusivos está na faixa entre 25 e 34 anos – cerca de 34%.



Entre as capitais, a que tem mais motoristas que afirmam dirigir após consumo abusivo de álcool é São Paulo – 40.305 pessoas na projeção do Vigitel. Já Boa Vista, com projeção de 681 pessoas confirmando que dirigem alcoolizadas, é a que tem menor número. O Vigitel ouviu por telefone 2 mil pessoas em cada capital e tem 98% de chances de acerto.



Venda de bebidas



Temporão defendeu também proibição da venda de bebidas em postos de gasolina. Ele reclamou também do valor baixo das multas, disse que a sociedade é “passiva” em relação às mortes no trânsito e defendeu regras mais duras para a concessão da CNH (carteira nacional de habilitação).



Para o ministro, a concessão da CNH deve levar mais em conta fatores emocionais e a maturidade do condutor. “Hoje muitos motoristas no Brasil dirigem sem saber dirigir um patinete”, afirmou.



Da redação, com agências