Carteiros entregam mais de 865 mil cartas por dia em todo o CE
Sempre em forma, simpático e bem disposto, o carteiro conhece seu distrito como a palma da mão. Chova ou faça sol, os 1.029 carteiros do Ceará são responsáveis pela entrega de 865 mil correspondências por dia em todo o Estado, entre objetos postais, carta
Publicado 25/01/2008 13:26 | Editado 04/03/2020 16:36
A profissão de carteiro foi retratada no filme “O Carteiro e o Poeta”, que conta a história do escritor Pablo Neruda. Quando ficou exilado, a única relação do poeta com o mundo era através de um carteiro, que conversava com ele toda vez que ia entregar uma carta. Francisco de Assis de Sousa Parente, 53 anos, 30 de carreira, perdeu a conta das amizades que conquistou graças à profissão, e tem orgulho de já ter sido escolhido carteiro-padrão por sua conduta exemplar.
No Dia do Carteiro, Parente conta que já levou muita carreira de cachorro, quando entregava correspondências no Bom Jardim, Parangaba e Rodolfo Teófilo. Hoje, ele trabalha no distrito 115, levando as boas e as más notícias às residências e endereços comerciais da Aldeota, no trecho compreendido entre as Ruas Barão de Aracati e Idelfonso Albano.
As mulheres também conquistaram espaço nessa profissão. A carteira mais antiga do Ceará é Maíza Sales de Santos, 45 anos, do Centro de Distribuição Domiciliária (CDD) do Crato. Ela passou no concurso dos Correios em 1996. A presença das mulheres ainda é minoria, representa apenas 3,2% do total de carteiros do Ceará.
Com um sorriso, Denise Cassundé Barbosa, 28 anos, conta que adora a profissão, e que não tem medo de entregar correspondências em áreas de risco, como o Pirambu, Colônia, Conjunto Quatro Varas e Conjunto Zenaide Magalhães. “Até hoje, nunca fui assaltada, as pessoas me tratam bem”, diz.
Nos cinco anos e quatro meses que trabalha nos Correios, Denise afirmou que já levou muitas cantadas, “nem ligo mais”. E que já passou por situações engraçadas, como uma vez que a pessoa veio receber a correspondência de cueca.
Já Francisco Cleiton Costa de Oliveira, 33 anos, dez de carteiro, diz que já presenciou muitos assaltos nas ruas, mas nunca foi a vítima.
Fonte: Diário do Nordeste