Artigo – O trânsito de Chapecó e os governos trapalhões

O Livro A Arte da Guerra, de Sun Tzu, fala do caminho que os líderes precisam seguir para “levar o povo a ter o mesmo objetivo que os líderes”. Para isso, é necessário promover uma estratégia que leve em consideração os impactos que uma a

Inicio este artigo me reportando a esta obra com um objetivo bem claro, classificar as ações do poder público municipal, ligadas as mudanças do trânsito, como uma grande enxurrada de erros estratégicos. É necessário relembrar alguns episódios: em 1997 o Departamento de Trânsito determina que os meio-fios da cidade sejam pintados de amarelo; em 2004, vésperas das eleições municipais, prefeito e assessores resolvem acabar com os retornos nas principais avenidas e ruas da cidade; 2008, prefeito que venceu as eleições criticando as trapalhadas dos ex-gestores, novamente em ano eleitoral, resolve da noite para o dia mudar as vagas de estacionamento de uma das principais ruas da cidade.


 


O que vemos é um retrato de administradores despreocupados com a necessidade de se conhecer o terreno para pôr em prática suas ações. Ter administradores pouco inteligentes não é o principal problema, mas sim, o exorbitante desperdício de recursos públicos que acabam sendo utilizados em ações atrapalhadas como as que temos presenciado. Sun Tzu é enfático ao tratar que é pelo conhecimento profundo do líder que pode-se transformar a desordem em ordem, o perigo em segurança, a destruição em sobrevivência, a calamidade em prosperidade.


 


Um bom administrador precisa conhecer o terreno onde pretende pisar. Precisa ousar em boas estratégias, conhecer seu povo, respeitar o diálogo, ouvir mais. Chapecó não poder ser a cidade do “axismo”, das ações precipitadas. Somos uma cidade em constante crescimento e que precisa de ações urgentes para melhorar o trânsito. Acredito que as ações que estavam sendo propostas em 2004, se aplicadas estrategicamente, trariam bons frutos para o bem estar da população. Agora é preciso relembrar que para se ter êxito é necessário que os administradores estejam municiados de boas estratégias e ações, só assim é possível ultrapassar a barreira da burrice.



 


Jeferson Jonas Ávila


Jornalista