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Morre Arthur Clarke, autor de “2001: Uma Odisséia no Espaço”

O escritor de ficção científica britânico Arthur C. Clarke morreu nesta terça-feira (18), aos 90 anos em sua casa em Colombo, capital do Sri Lanka. Segundo informações do seu secretário pessoal, Clarke teve uma parada cardiorrespiratória às 18h30 (1h30 da

Físico e escritor, Clarke escreveu mais de 80 livros, incluindo 2001 – Uma Odisséia no Espaço (que ganhou versão cinematográfica sob direção de Stanley Kubrick em 1968) além de cerca de 500 artigos e contos.



Na década de 40, Clarke afirmou que o homem chegaria à lua no ano 2000, uma idéia considerada absurda na época. Muitos creditam ao escritor o mérito de dar uma face mais humana e prática à ficção científica.



Nascido em Somerset, Clarke era filho de um fazendeiro. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na Royal Air Force (a Força Aérea Real britânica) em um então projeto ultra-secreto de desenvolvimento de radares.



Homenagens



As órbitas geoestacionárias, que mantêm os satélites em posições fixas em relação ao solo, são conhecidas hoje como órbitas de Clarke.



Durante a evolução de sua descoberta, Clarke trabalhou com cientistas e engenheiros dos EUA para desenvolver espaçonaves e sistemas de lançamento, e fez um pronunciamento na sede das Nações Unidas durante as deliberações para o uso pacífico do espaço.



Após o pouso do homem na Lua em 1969, o governo norte-americano disse que Clarke “forneceu o impulso intelectual que nos levou à Lua”.



Em 1989, duas décadas depois do pouso lunar pioneiro da Apollo-11, Clarke escreveu: “2001 foi escrito em uma era que hoje está aquém de um dos grandes divisores de águas da história humana; nós nos separamos dela para sempre no momento em que Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram no mar da Tranqüilidade. Agora a história e a ficção se tornaram inexoravelmente entremeadas”.



Três desejos



Durante as comemorações de seu 90º aniversário em dezembro de 2007, Clarke fez três desejos: encontrar extraterrestres, que o homem abandone seu hábito petroleiro e que o Sri Lanka encontre a paz.



Clarke esteve pela primeira vez no Sri Lanka na década de 1950, para mergulhar no oceano Índico. Na viagem, encantou-se pelo país, onde vinha morando desde 1956.



Da redação, com agências