''Enquanto a oposição xinga, nós trabalhamos'', diz Lula
Em visita à Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, para marcar o início das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na região, o presidente Lula voltou a atacar a oposição. Observado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, que já havia disc
Publicado 31/03/2008 19:55
O presidente Lula voltou a criticar a oposição, afirmando que eles gostariam que ele e o governador do Rio, Sérgio Cabral, não estivessem na cerimônia lançando obras, mas sim quietos em seus gabinetes. “Sei que tem algumas pessoas que são nossos opositores, que não gostam que eu esteja aqui. Enquanto a oposição grita e xinga, a gente trabalha, enquanto eles gritam e xingam, nós trabalhamos e vamos ver quem é que produz mais resultados para o povo brasileiro. E eu acho que nós vamos produzir mais resultados”.
''A irresponsabilidade de alguns governos quase permitiu que o Rio de Janeiro fosse destruído'', acusou o presidente. Ainda em referência ao Rio, Lula disse que a imprensa insiste em noticiar o que há de pior no estado, de forma a passar a imagem de que só existem pessoas “ruins” por lá – quando “a grande maioria das pessoas é boa”.
Em palanque montado na cidade de Duque de Caxias, Lula exaltou o apoio do vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, chamando-o de “pai do PAC” no estado. Ao lado da ministra Dilma, Lula elogiou: “Quero dizer que esses dois companheiros aqui são os dois responsáveis para que as coisas funcionem bem”, discursou o presidente, atribuindo a Pezão a função de “gerente” e “pai” do PAC no Rio de Janeiro. As qualificações foram igualmente atribuídas a Dilma.
O presidente afirmou ainda que o estado, pela primeira vez, está entrando onde apenas os bandidos entravam. Lula citou como exemplo as Favelas da Rocinha, de Manguinhos e do Pavão-Pavãozinho, onde já foram assinados termos para início de obras do PAC na cidade.
Como tem feito em todas as atividades abertas das quais tem participado, o discurso de Lula se voltou às classes menos favorecidas da população. “O que nós queremos é melhorar a rua, tentar a acabar com a favela nesse país, construindo casa descente para as pessoas morarem. Queremos levar para os locais mais pobres hospital, escola”, afirmou o presidente, no que foi respondido com aplausos acalorados.
Lula citou a dificuldade para que os recursos anunciados sejam convertidos logo em obras por causa de entraves burocráticos. “Esse dinheiro existe, tem a decisão política de fazer, então não há nenhuma razão para que essas obras não aconteçam”, disse. “Nós sabemos das necessidades da Baixada Fluminense. A vontade do Cabral existe, a minha vontade existe, a vontade da Dilma existe. O dinheiro está depositado e disponível, agora é a vez dos companheiros e companheiras da Baixada Fluminense”, concluiu Lula.
Na cerimônia também foram assinados termos de doação de telecentros a municípios do estado.