Deputado Eron  Bezerra na reconstrução da Secretaria de produção rural

O incentivo ao policultivo é o principal fundamento. Segundo o Deputado, é necessário que o produtor tenha mais de uma atividade agrícola e econômica no setor primário, como forma de aumentar a renda e deixar de ter dependência. “Se o produtor cultiva apenas uma coisa ele vai gastar todo o dinheiro que arrecadou comprando aquilo que não produz, e a maioria das coisas ele pode produzir”. O policultivo é seguido dos fundamentos de sustentabilidade ambiental, eficiência econômica, investimentos científicos e tecnológicos e a justiça social. Tudo isso dentro da lógica de elevar o nível de renda do trabalhador, o nível cultural e promover o bem estar social da população.

Para dar suporte a esses fundamentos são usados cinco programas que permitem um aprimoramento legislativo, por meio da criação de leis e normas que possibilitem a estruturação do setor primário, como a facilidade para a compra de equipamentos de forma subsidiada com juros baixos.

Em seguida há o programa de infra-estrutura.  Esse ano estão sendo implantadas mais dez agroindústrias de fruta e polpa. Há ainda a construção de um parque de exposição em Boca do Acre e em Barreirinha, e a instalação de duas indústrias de salga de pirarucu, que vão converter o pirarucu do Amazonas em Bacalhau. Além da inauguração de dois frigoríficos em Tabatinga e em Santo Antônio do Içá, para evitar o contrabando de peixe para a Colômbia e assim agregar valor a nossa região.

No programa de agroindústria estão sendo criadas várias indústrias de beneficiamento da borracha para expandir a produção de borracha e atender a demanda nacional e internacional.

Hoje o Amazonas tem em torno de 1.600 pessoas envolvidas no trabalho com a seringa. Segundo o Deputado, recentemente um grupo chinês fez uma proposta para comprar 15 mil toneladas, e precisará de pelo menos 30 mil seringueiros só para atender o grupo chinês.

Além do beneficiamento da seringa, será criada uma infra-estrutura para fecularia. Manaus consome em torno de 94 mil toneladas de fécula por ano. Segundo Eron, “é um produto muito usado no distrito industrial, principalmente na indústria de papelaria. Estamos instalando uma grande fecularia na região do Careiro do Castanho e Manaquiri para poder dar conta dessa produção”. Há ainda a criação de uma estrutura sementeira no Amazonas para que não dependa da semente de outros lugares.

Em caráter social, um dos programas é o de erradicar o analfabetismo no campo. Para valorizar, estimular e elevar o nível sócio-cultural serão realizadas oficinas para dar inicio à realização de teatro no campo. Outro ponto a ser desenvolvido na mesma área é a instalação de rádios comunitárias.

Para completar as atividades de caráter social, estão sendo construídas 2 mil casas populares, que segundo o Deputado são os embriões das cidades agrárias.

Em relação à Psicultura, o Amazonas possui a maior estação de alevinagem, localizada em Balbina. “Produzimos ano passado, 30 milhões de pós-larva. É peixe que não acaba mais. Este ano estamos criando 14 estações de alevinagem em várias regiões do Estado, para ampliar a psicultura, aumentar a produção de tambaqui, curimatã e matrinxã. Além do pirarucu que é manejado, que nós vamos usar nas indústrias que vamos instalar”.

No programa de juta e malva, um dos projetos é fazer justamente com que os supermercados substituem as sacolas de plástico por sacolas de linhagem. Para o Deputado, é uma forma de incrementar a atividade econômica e defender o meio ambiente. “Vamos estender a produção de juta e malva para tornar Brasil auto-suficiente a partir do Amazonas”.

Uma das metas também do secretário é tornar o Amazonas uma área livre de febre aftosa. “O Brasil fica impossibilitado de comercializar, quando aparece um foco desse aqui. Quero tornar o Amazonas livre da febre aftosa para que possamos comercializar no mundo inteiro”.

O Deputado ressalta como uma de suas ações a criação do programa peixe popular. “Todo ano estragava peixe no Amazonas. Resolvemos esse problema com 3 medidas: compramos, armazenamos e revendemos”.

O Deputado espera aumentar a produção de alimento em 30% ao ano para que no período de 3 anos consiga dobrar a produção e tornar o Amazonas auto-suficiente em alimentos.

De Manaus

Vanessa Sena