Garibaldi diz que sempre foi contra uma segunda CPI dos Cartões
O presidente do Senado, Garibaldi Alves, voltou a dizer, na manhã desta quinta-feira (10), que sempre foi contra a criação de uma nova comissão parlamentar de inquérito para investigar o uso dos Cartões Corporativos pelo governo. Ele afirmou que, como
Publicado 10/04/2008 17:11
“Só tenho vínculo com CPI na hora em que leio o requerimento de instalação. Depois de ler, ela se torna autônoma. Eu sempre fui contra essa CPI. Essa é minha opinião como parlamentar. Como presidente, não. Como presidente, eu cumpri o meu dever e ela está aí. Eu atendi a tudo o que era possível fazer. Agora, o desdobramento aí é de quem pediu e que eles façam tudo para chegar ao que almejam em termos de investigação”, declarou.
Atualmente, o uso de cartões corporativos pelo governo está sendo investigado por comissão parlamentar mista – deputados e senadores – de inquérito. Mal leu, na última terça-feira (8), o requerimento da oposição para instalar comissão exclusiva do Senado para essa investigação, Garibaldi Alves enviou ofício aos líderes partidários, pedindo que eles indicassem seus representantes nesse novo colegiado.
Os partidos devem indicar esses nomes levando em conta a exigência regimental de que um parlamentar não pode integrar, simultaneamente, mais de duas CPIs. O mesmo regimento diz que, indicado para duas comissões, o parlamentar terá que integrar uma como titular e outra como suplente. Só depois de os partidos enviarem à Presidência do Senado esses nomes, os quais serão lidos em sessão pelo presidente da Casa, é que a nova CPI poderá ser instalada.
Na CPI dos Cartões a ser instalada no Senado, os oposicionistas terão de enfrentar mais uma vez a maioria governista, como revela a distribuição de forças proporcional ao tamanho das bancadas no Senado. Dos 11 integrantes da nova CPI, serão três do PMDB; três do bloco liderado pelo PT; um do PTB; um do PDT e três do bloco DEM-PSDB.
A presidência ficará com o partido majoritário, o PMDB. E a relatoria será indicada pelo peemedebista que presidir a comissão, provavelmente com a escolha de um petista. O PMDB e o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), acusam a oposição de quebrar o acordo que resultou na criação da CPI mista com a presidência ocupada pela tucana Marisa Serrano (MS), e por isso, desta vez, tanto a presidência quanto a relatoria ficarão com integrantes da base aliada do governo.
Com informações da Agência Senado