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Copom define nesta quarta-feira se eleva ou não taxa Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) decide nesta quarta-feira (16) se mantém a taxa básica de juros (Selic) no atual patamar, de 11,25% ao ano, ou se a aumenta. A terceira reunião do ano do Copom, que é realizada em duas sessões, começou nesta terça-fe

Tanto o Banco Central quanto as instituições financeiras pregam a necessidade de correção da Selic, com a justificativa de que a inflação está acima do centro da meta de 4,5%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Nos últimos 12 meses (terminados em março) o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou 4,73%, e a perspectiva para este ano aponta inflação ligeiramente acima da meta, em razão de pressão provocada principalmente pelos  preços de alguns alimentos.



Essa justificativa é combatida, porém, pela classe empresarial, que defende redução da taxa de juros como forma de baratear os empréstimos bancários para investimentos no setor produtivo. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, lembra que o aumento de preços dos alimentos está vinculado ao reajuste de produtos agrícolas com cotação internacional, as chamadas commodities. Portanto, segundo ele, a causa momentânea da inflação é externa, e não justifica o aperto monetário interno.



Em alguns setores do chamado “mercado”, há quem defenda até mesmo o aumento de 0,5% da Selic. Na semana passada, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Apliacada (Ipea), Marcio Pochmann, lembrou que a suposta iminente inflação alardeada pela imprensa não tem no aumento dos juros o melhor dos remédios. ” A melhor política de combate à inflação de demanda é justamente a ampliação dos investimentos que permita a capacidade de produção do país crescer, inclusive em condições suficientes para atender a demanda interna”, disse.



Em artigo publicado na última segunda-feira no Vermelho, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, defendeu que não há razão alguma para que o BC eleve a taxa de juros. “Este aumento é uma garantia aos grandes proprietários da riqueza líquida e estímulo à ciranda dos especuladores. Os Bancos Centrais não se baseiam em critérios puramente técnicos, suas hipóteses e decisões estão contaminados por preconceitos ideológicos”, afirmou.



Para ler o artigo de Renato Rabelo, clique aqui.



Da redação, com agências