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37 mil químicos conquistam redução de jornada em São Paulo

Cerca de 37 mil trabalhadores químicos na indústria farmacêutica do Estado de São Paulo, representados pela Feguimfar/Força Sindical (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São Paulo) e pela Fetguim/CUT (Federação dos Traba

Os trabalhadores também conquistaram reajuste salarial de 6,5%, o que significa um aumento real de 0,95% (descontada a inflação medida pelo INPC). Também ficou acertado entre trabalhadores e empresas a inclusão de uma recomendação na Convenção Coletiva para que as empresas reconheçam a união estável de pessoas do mesmo sexo, em relação aos direitos sociais e trabalhistas, como seguro de vida, convênios, dependentes, benefícios, entre outros.


 


Para as centrais sindicais a conquista animou a campanha pela redução da jornada de 44h para 40h semanais, que terá seu ponto alto neste 1º de Maio.


 


No Paraná, representantes das seis centrais sindicais (CTB, CUT, Força, UGT, CGTB, NCST) que atuam politicamente no estado desembarcarão na quarta-feira (23) em Brasília para pressionar a bancada estadual de 30 deputados federais e de três senadores a votarem favoravelmente à Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que reduz a jornada.


 


Pressão em Brasília


 


Segundo José Agnaldo Pereira, coordenador da CTB-PR (Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil), membro da comitiva de sindicalistas que irá a Brasília, a idéia é convencer os parlamentares a votarem favoravelmente à PEC, pois a iniciativa já conta com o apoio do presidente Lula, do governador Roberto Requião (PMDB) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).


 


“Requião é o primeiro governador do país a declarar apoio à luta pela redução da jornada de trabalho e isso tem um apelo muito forte na sociedade”, elogia José Agnaldo, dirigente da CTB. “É hora de sabermos qual deputado e qual senador está do lado dos trabalhadores”, disse.


 


Célio “Bolinha” das Neves, também da CTB e integrante da comitiva que visitará os deputados federais e os senadores na quarta-feira, adianta que no próximo dia 28 de maio haverá manifestações, paralisações e protestos em defesa da redução da jornada de trabalho. “No dia 28 de maio, os trabalhadores vão parar”, avisa ele. De acordo com Bolinha, além de ser uma questão de saúde pública, a redução da jornada para 40 horas semanais significará a geração de 2,2 milhões de novos empregos no país e outros 130 mil no Paraná.


 


As centrais sindicais estão coletando 1,5 milhões de assinaturas para uma lei de iniciativa popular, que não precisará tramitar nas comissões do Congresso Nacional. As assinaturas de apoio à redução da jornada de trabalho serão encaminhadas ao presidente Lula, até o próximo dia 15 de maio.


 


Além da CTB, participaram da campanha pela redução da jornada de trabalho para 40 horas, em Curitiba, CUT, Força Sindical, NCST, UGT, e CGTB. Diversas lideranças do mundo do trabalho, de partidos políticos e dos movimentos sociais também estão apoiando o esforço das entidades representativas dos trabalhadores.


 


– Ouça aqui o jingle da redução da campanha pela redução da jornda. 


– Imprima o abaixo-assinado aqui (PDF).