Agência de combate à fome da ONU quer mais US$ 750 milhões
O Programa Alimentar Mundial da FAO, agência da ONU que combate a fome, precisa de mais US$ 750 milhões para honrar os compromissos que assumiu em 2007 com cerca de 73 milhões de pessoas que padecem de fome no ano de 2008.
Publicado 22/04/2008 17:27
O drástico aumento recente nos preços de alimentos significa que o Programa Alimentar Mundial da FAO necessita agora de mais de US$ 750 milhões para honrar seus compromissos.
Em fevereiro, a FAO anunciou que pediu um adicional de US$ 500 milhões, acima de seu apelo original durante de US$ 2,9 bilhões. O custo de arroz na Tailândia, por exemplo, aumentou de US$ 460 por tonelada em 3 de março a $780 cinco semanas depois.
A FAO advertiu que preços de arroz podiam subir ainda mais. Num acontecimento relacionado, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva aceitou um convite de Jacques Diouf, diretor-geral da FAO da ONU, para participar de uma cúpula sobre o tema de segurança alimentar, em Roma.
O presidente confirmou sua presença na Conferência Regional 30 de FAO para a América Latina e Caribe, sublinhando que a agência de ONU tem um papel crucial para desempenhar.
A cúpula, que deverá durar 3 dias, começará em 3 de junho no quartel-geral da FAO e, de acordo com o presidente, ''deve acontecer dentro de uma maneira racional, sem ser coberta por emoções ou ideologias de direita''. O presidente ainda disse que ''necessitamos de fundamentos científicos, de modo que as pessoas possam discutir soluções para a crise''.
Diouf disse que a cúpula será uma ''oportunidade de ouro para adotar políticas, estratégias e programas que nos capacitarão para encarar os importantes desafios atuais que enfrentamos''.