Lula Morais resgata história da Coelce antes e depois da privatização
O deputado Lula Morais (PCdoB) leu na tribuna da Assembléia Legislativa na sessão desta sexta-feira (18/04), artigo escrito pelo engenheiro eletricista aposentado, Cláudio Machado Nogueira, em que este faz um histórico da fundação da Coelce, bem como as c
Publicado 22/04/2008 12:24 | Editado 04/03/2020 16:36
No artigo, o engenheiro lembra a criação das primeiras companhias de energia, a Celca, Cenorte e Serviluz que depois se juntaram para criar a Conefor, em 1964. Ela foi transformada em Coelce (Companhia de Eletrificação do Ceará) em 5 de julho de 1971, sendo que em 13 de março de 1987, mantendo o nome de Coelce, muda a razão social para Companhia Energética do Ceará. Cláudio Nogueira admite em seu artigo que, enquanto empresa estatal, ela enfrentava dificuldades advindas de uma série de fatores como: uma inflação de mais de 80%, a necessidade de fazer empréstimos para atender à demanda crescente por energia, dentre outros. Isso, evidentemente, contribuía para que a Companhia não gozasse de boa saúde financeira.
A privatização, ocorrida em 1990, na visão do engenheiro Cláudio Nogueira, ocorreu obedecendo aos princípios legais e a empresa foi vendida a um preço razoável, cerca de R$ 900 milhões. De lá para cá, porém, o que se viu, é que o Estado não utilizou o dinheiro para pagar suas dívidas, mas sim para fazer contrapartida de investimentos e, ao fim, esses recursos contribuíram para endividar mais ainda o Ceará. “O uso desses recursos nunca ficou bem esclarecido”, afirma o artigo, destacando que também não reverteu em benefícios para o povo. “Postos de atendimento foram fechados, as normas de segurança do trabalho são sistematicamente desobedecidas e as tarifas são altas. Recentemente a Coelce pediu à Aneel um reajuste de tarifas de 25% mas recebeu apenas 5%”, concluiu.
Fonte: Assembléia Legislativa