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Lula recebe centrais para debater informalidade no trabalho

Seis centrais sindicais, entre elas a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), reuniram-se com o presidente Lula, nesta quinta-feira (24). A pauta do encontro de foi a redução da informalidade no mercado de trabalho, a recuperação da mas

Ao término da reunião, as centrais reafirmaram que defenderão na Câmara dos Deputados a aprovação dos projetos de lei que acabam com o fator previdenciário e reajustam os benefícios da Previdência Social com base no mesmo percentual de aumento do salário mínimo, informou na quinta (24) o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, depois de reunião de seis centrais sindicais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.


 


“Vamos defender o fim do fator previdenciário, a não ser que haja um processo de apresentação de proposta [por parte do governo]. Estamos abertos para a negociação”, disse.


 


O sindicalista argumentou que “o fator previdenciário tem claramente um erro na sua fórmula, porque dá um peso muito grande na expectativa de vida. Isso faz com que ninguém saiba quando vai se aposentar e nem quanto vai receber de aposentadoria”.


 


O governo alega que não tem como arcar com os gastos que serão provocados pelos projetos. Em reunião nesta quinta (24) com o Conselho Político, o presidente Lula pediu aos líderes aliados que apontem fontes de recursos.


 


Para Artur Henrique, é possível ter fontes de recursos se o governo mudar a política econômica. “Estamos defendendo que é possível construir alternativas, inclusive no orçamento. Basta diminuir o superávit primário”, defendeu.


 


De acordo com Artur Henrique, os sindicalistas não discutiram o assunto com Lula.


 


Vitória em risco


 


Segundo o presidente da CTB, Wagner Gomes, “a vitória que a classe trabalhadora obteve dias atrás no Senado com a aprovação do Projeto de Lei 296/03 do senador Paulo Paim (PT-RS), que acaba com o fator previdenciário, corre um sério risco”. A afirmação está em um artigo recente do dirigente.


 


Segundo ele, a mídia e os setores mais conservadores do Congresso Nacional estão pressionando pela permanência do fator previdenciário.


 


“O tal fator é mais uma herança perversa deixada pelo governo neoliberal de FHC. Foi criado pela Lei 9876, em novembro de 1999, com o objetivo de aumentar o tempo de contribuição dos assalariados ao INSS e reduzir o valor das aposentadorias, sob o surrado e falso pretexto de combater o 'déficit da Previdência', que na verdade não existe”, diz seu texto.


 


“O movimento sindical deve ficar em estado de alerta e mobilização e as centrais unidas para garantir a consolidação desta vitória na Câmara e evitar um possível veto presidencial se os deputados reiterarem (como devem reiterar) a posição do Senado”, defende.