Parentes de PM paulistas denunciam precarização do trabalho
A Associação de Familiares e Amigos de Policiais do Estado de São Paulo (Afapesp) realizou uma manifestação em Campinas/SP, na manhã de ontem (28/04), para denunciar o descaso com que o governo Serra trata a categoria.
Publicado 29/04/2008 15:23 | Editado 04/03/2020 17:19
Parentes e amigos de policiais concentraram-se em frente aos três batalhões da PM sediados em Campinas – 8°, 35° e 47° – para distribuir carta-aberta a população e recolher assinaturas num abaixo-assinado que será encaminhado ao governador. Os manifestantes denunciam a precarização das condições de trabalho e os baixos salários.
Há 14 anos, os policiais não recebem reajustes salariais. Para maquiar a situação, o governo Serra tem concedido gratificações, que acabam por gerar distorções e disparidades salariais. Para reforçar o salário, os policiais acabam arrumando um segundo emprego, não formalizado, o bico. E são esses bicos que estão causando a maioria das mortes entre a categoria. Além disso, a jornada extra também desagrega a família. Atualmente, 22.000 PM's pagam pensão alimentícia por terem se separado devido ao excesso de trabalho.
Serra também penaliza os aposentados e as viúvas, que têm seus rendimentos reduzidos em 40% na concessão do benefício. Para tentar reverter esse quadro, a Afapesp quer a incorporação das gratificações ao salário base da categoria, o que também beneficia aposentados e pensionistas.
A Associação pretende recolher mais de 50.000 assinaturas no abaixo-assinado e realizar manifestações em todas as cidades que possuem sede da PM.
De Campinas/SP,
Agildo Nogueira Jr. – com agências