Lupi defende redução da jornada para 40 horas semanais
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, defendeu nesta quinta-feira (1º), Dia do Trabalhador, a proposta apresentada pelas centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, entre outras) de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Para o m
Publicado 01/05/2008 15:14
Lupi – que particicipou hoje das comemorações do 1º de Maio da CUT e da Força -destacou que a questão ainda deve ser discutida no Congresso. ''Eu, enquanto filiado do PDT, vou trabalhar para que a minha bancada vote a favor. Estou disposto a conversar, dialogar e tentar encontrar um caminho que traga mais benefícios ao trabalhador.'' O ministro frisou que ''o trabalhador rende mais com uma carga de trabalho menor''.
Carlos Lupi citou o cálculo feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de que a redução da jornada de trabalho deve gerar diretamente, em média, 2 milhões de novos empregos. Segundo ele, o papel do Ministério do Trabalho é tentar mediar as reivindicações sindicais com o setor patronal. Ele enfatizou que essa questão exigirá ''muita capacidade de negociação''.
Em relação às investigações da Polícia Federal sobre suposto envolvimento do ex-presidente da Força Sindical e atual deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, Lupi pediu ''cuidado com prejulgamentos'' e declarou: ''Não podemos ser um tribunal de inquisição''. O ministro ressaltou que indícios não são provas e pediu apuração e investigação do caso ''sem prejulgamento a ninguém''.
Lupi também disse desconhecer os indícios do caso e defendeu que o processo corra em segredo de Justiça. ''Não vi fato concreto'', ressaltou. ''Compete a quem está investigando apurar as provas, dar direito de defesa e aí, sim, tirar conclusões.''
Da Redação, com informações da Agência Estado