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Terremoto: mulher de 100 anos é resgatada na China

A China anunciou nesta sexta-feira (23) o impensável: 11 dias depois do terremoto que devastou o sudoeste do país, mais uma sobrevivente foi encontrada. Desta vez, uma mulher de 100 anos. Soldados carregaram Li Xiaolan nas costas. A casa dela, no alto de

Ela já foi medicada e escapou de ser mais um nome na longa lista de vítimas, que aumenta a cada dia. Agora, já são mais de 55 mil mortos.


 


A China enfrenta desafios cada vez maiores. O terremoto deixou mais de quatro mil crianças órfãs. Muitos vão ser adotados e vão recomeçar a vida em um novo lar. Às vezes, com uma nova língua. Muitas famílias americanas já entraram em contato com as agências chinesas de adoção.


 


Por enquanto, o governo quer priorizar casais chineses. A tragédia não deixou só filhos sem pais. Em um país onde a política de natalidade só permite um filho por casal, muitos pais perderam o único herdeiro.


 


Sem 5,5 milhões de imóveis


 


O número de mortes pelo terremoto aumentou novamente. Nesta sexta-feira (23), o governo chinês disse que 55.239 morreram e 24.949 estão desaparecidos apenas na província de Sichuan (sudoeste), a mais afetada pelo sismo. O balanço anterior, publicado na quinta-feira, era de 50.651 mortos nessa província.


 


O terremoto de 7,9 graus na escala Richter também deixou 281.066 feridos e mais de 5,4 milhões de desabrigados em Sichuan, disse o vice-governador Li Chengyun, em uma entrevista coletiva em Pequim.


 


A agência oficial de notícias da China “Xinhua” afirmou, citando como fonte o vice-governador, que 5,46 milhões de imóveis, entre casas, prédios e escolas, caíram e outros 5,93 milhões de imóveis sofreram danificações, entre rachaduras e perdas de teto, por exemplo. O número de desabrigados chega a 5,4 milhões de pessoas.


 


Na quinta-feira, o governo chinês disse que precisa, urgentemente, de milhões de barracas de campanha para os sobreviventes do sismo.


 


Além disso, 83.988 pessoas foram resgatadas pelas equipes de salvamento em Sichuan, província na qual as zonas devastadas pelo tremor ainda estão ameaçadas pela aparição de 34 lagos formados devido ao bloqueio dos rios pelos deslizamentos de terra e rocha após o sismo e as fortes chuvas que caíram em seguida.


 


3 anos


 


A China anunciou nesta sexta-feira que serão necessários até três anos para reconstruir as zonas devastadas pelo terremoto, além de ter manifestado preocupação com as condições de vida e higiene das milhões de pessoas que estão desabrigadas.


 


Nesta sexta-feira, a passagem da tocha dos Jogos Olímpicos de Pequim por Xangai, capital econômica e financeira da China, foi precedida por um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da tragédia.


 


Em Dujiangyan, a 50 km do epicentro, as equipes de emergência correm contra o tempo para construir casas pré-fabricadas para as pessoas sem residência.


 


''Precisamos de barracas de campanha e refúgios'', disse Song Guosu, membro da equipe, 58 anos, enquanto observava os tanques trabalhando na retirada dos escombros de um terreno e vários operários ao lado.


 


O vice-governador de Sichuan – a província mais afetada pelo terremoto – afirmou nesta sexta-feira que será necessário muito tempo para reconstruir todas as áreas devastadas.


 


''Pretendemos melhorar as estradas e as infra-estruturas e construir novos vilarejos e cidades antes de três anos'', declarou, antes de destacar a dificultade do trabalho nas zonas montanhosas.


 


O terremoto de 12 de maio, foi o mais grave da China nos últimos 30 anos.


 


No que diz respeito à higiene, a autoridade local também mostrou inquietação com a aproximação do verão.


 


''É a estação mais propícia para a propagação de epidemias e a situação é muito dura'', explicou.


 


Até o momento, no entanto, não foi detectada nenhuma epidemia.


 


A Comissão Nacional para o Desenvolvimento e as Reformas, principal órgão de planejamento econômico, informou que vai controlar, temporariamente, os preços dos materiais de construção, como cimento e vidro.


 


Qualquer aumento de preço terá que ser autorizado, para que os custos dos materiais de reconstrução permaneçam estáveis, explicou a comissão.


 


Fontê: G1