Inácio Arruda defende desenvolvimento para diminuir as diferenças regionais

O senador Inácio Arruda iniciou sua fala mostrando a importância do PDP, que vai beneficiar, com 20 medidas de desoneração fiscal e com programas de financiamento especiais,  24 setores produtivos em todo o país. A PDP tem quatro macro-metas a serem alcançadas até 2010: acelerar o investimento fixo; estimular a inovação; ampliar a inserção internacional do Brasil e aumentar o número de micro e pequenas empresas exportadoras.

Segundo o senador Inácio Arruda serão aplicados, com recursos do PAC, cerca de R$ 10 bilhões só em projetos do Estado do Ceará e mais R$ 11 bilhões em obras interligadas com outros estados nordestinos. ''Agora, com essa série de medidas de desoneração tributária lançadas pelo governo Federal, nós precisamos saber se essas medidas atendem as nossas necessidades, se o Ceará está preparado com projetos adequados, ou qual a articulação política que está faltando para concretizar esses projetos''.

Problemas

Para o senador, um dos problemas centrais do PDP é o setor energético. O Ceará importa quase toda a energia que consome, mas tem a energia eólica. A dificuldade é que é muito cara. Agora, com os altos preços do petróleo a energia eólica tornou-se compatível e foi incluída no PAC. ''Vamos poder sair da importação e passarmos a ser exportadores de energia'', explica.

Inácio citou ainda outras áreas promissoras, como o gás do Mundau. Lembrou que são várias as possibilidades de investimento, mas para a concretização deles é preciso unir o setor produtivo, governo e parlamentares para mostrar a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, os nossos potenciais. E informou que a Petrobrás anunciou a compra de 50 bilhões de dólares de compra no mercado brasileiro.

''O Estado precisa estar preparado para esse crescimento, com mão-de-obra qualificada'', disse o senador, mostrando a necessidade de mais escolas técnicas e de cursos universitários em várias regiões do Ceará. Uma das perspectivas do PDP é que as micro, pequenas e médias empresas possam investir também no mercado externo. Para isso, o Governo Federal propõe desonerações tributárias maiores. O setor da construção civil também foi lembrando por Inácio, dizendo que a construção civil é convocada não só para o mercado interno, mas para a exportação, conquistando mercados inclusive nos países africanos.

Por fim, fez questão de ressaltar a necessidade de um grande esforço do setor de educação na formação de pessoal, juntamente com o setor público. ''Precisamos fazer um esforço coletivo, um trabalho conjunto beneficiando o setor produtivo, possibilitando o crescimento do Estado e, conseqüentemente, diminuindo as diferenças regionais''.

 
De Fortaleza,

Emília Augusta